A Justiça da França abriu uma nova investigação que atinge o ex-presidente Nicolas Sarkozy. A promotoria confirmou que, no último dia 27 de junho, abriu uma investigação para apurar “um eventual financiamento ilícito” da campanha do ex-chefe de Estado em 2012. Na ocasião, Sarkozy foi derrotado por François Hollande, o atual presidente do país. A averiguação da promotoria, no entanto, não é focada no ex-governante, e sim em seu partido, o conservador União por uma Maioria Popular (UMP). Segundo apontam as denúncias, o UMP utilizou um sistema de notas e faturas falsas para maquiar os gastos de sua campanha e conseguir ultrapassar os limites legais.
As investigações sobre esse caso começaram assim que a promotoria teve acesso a documentos e provas levantadas pela polícia que examinavam a possibilidade de que o ex-presidente francês tivesse utilizado a sociedade de comunicação Bygmalion para apagar os rastros deixados pelas despesas de sua candidatura em 2012. Esse novo procedimento judicial é dirigido pela mesma promotoria que se ocupa do caso Bygmalion.
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Escândalo – Em 2 de julho, Sarkozy foi acusado por corrupção ativa e tráfico de influência em outro escândalo judicial no qual é investigado – este relacionado com escutas telefônicas ilegais. O ex-presidente foi formalmente indiciado pela Justiça francesa após ficar detido em uma delegacia por 15 horas para responder a um interrogatório.
O ex-presidente também é personagem de outras investigações judiciais, como a do financiamento de sua campanha pelo regime do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, o citado caso Bygmalion, as encomendas irregulares de pesquisas quando era presidente e a possível arbitragem litigiosa em favor do empresário Bernard Tapie. Essas acusações serviram como um balde de água fria nos planos de Sarkozy de regressar à política.
Em entrevista dada no dia 2 de julho, o ex-presidente negou todas as acusações e suspeitas que pesam sobre ele e também deu a entender que seria um dos candidatos nas eleições primárias para a Presidência do UMP, previstas para o segundo semestre. No entanto, o secretário-geral do UMP, Luc Chatel, disse recentemente preferir “qualquer candidato, menos Sarkozy”.
(Com agências EFE e France-Presse)