Justiça egípcia ordena prisão de dirigentes da Irmandade Muçulmana
Eles são acusados de incentivar a morte de manifestantes
![Pessoas comemoram na Praça Tahrir nesta sexta-feira (5), a saída do presidente Mohammed Morsi, no Egito](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/imagens-do-dia-best-pictures-of-day-20130705-15-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=1040&h=585&crop=1)
A Procuradoria Geral egípcia ordenou neste domingo a detenção de dois dirigentes do braço político da Irmandade Muçulmana, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), e de um destacado clérigo islamita para interrogá-los pela acusação de incentivarem a morte de manifestantes. A televisão estatal do país informou que a Procuradoria emitiu uma ordem para prender o vice-presidente do PLJ, Esam el Arian, o membro de sua executiva Mohammed el Beltagui e o clérigo islamita Safwat Higazi.
A ordem foi dada em meio a investigações sobre a morte de manifestantes em frente à sede da Irmandade Muçulmana no bairro de Moqatam, no Cairo. A Procuradoria já havia decidido anteriormente manter em prisão preventiva durante 15 dias o presidente do PLJ, Saad al Katatni; o ‘número dois’ da Irmandade, Jairat al Shater; o ex-líder do grupo Mohammed Mahdi Akef; e o vice-guia espiritual dos Irmãos, Rachad Bayumi.
Todos eles enfrentam acusações de incentivarem a morte de manifestantes pacíficos e de posse de armas e explosivos para aterrorizar os congregados. Já a Procuradoria do Sul de Guiza, junto ao Cairo, ordenou neste domingo a detenção por 15 dias do dirigente salafista Hazem Salah Abu Ismail para interrogá-lo pela acusação de incentivar a morte de pessoas em protestos realizados recentemente na praça de Al-Nahda, na província de Guiza. Pelo menos nove pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
(Com agência EFE)