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Justiça do Canadá concede liberdade condicional a executiva da Huawei

Meng Wanzhou é acusada pelos EUA de fraude; para ser solta, ela concordou em pagar fiança, permanecer no Canadá e usar tornozeleira eletrônica

Por Redação
Atualizado em 11 dez 2018, 23h02 - Publicado em 11 dez 2018, 22h12

A diretora-financeira (CFO) da empresa chinesa Huawei, Meng Wanzhou, teve aceito seu pedido de liberdade condicional mediante pagamento de fiança no valor de 7,5 milhões de dólares nesta terça-feira. Ela foi detida no início do mês no aeroporto de Vancouver, no Canadá, a pedido do governo dos Estados Unidos. O pedido de liberdade foi autorizado pelo juiz canadense William Ehrcke após dois dias de audiências sobre o caso.

Meng é CFO da gigante de telecomunicações Huawei e também filha do fundador da companhia. Washington acusa a Huawei de usar uma empresa fantasma em Hong Kong para vender equipamentos ao Irã, o que violaria sanções impostas pelos EUA. O governo americano também diz que Meng e a empresa chinesa enganaram os bancos sobre os negócios da Huawei em solo iraniano.

Agora em liberdade, Meng Wanzhou pode enfrentar processo de extradição para os Estados Unidos. O país americano, responsável pelo pedido de prisão, ainda não entrou com pedido formal de extradição. Se nenhum pedido for feito nos próximos 60 dias, ela será liberada. Uma nova audiência está marcada para o dia 6 de fevereiro.

Entre as condições aceitas por ela para ser liberada estão entregar seu passaporte e permanecer em Vancouver, ficar sob vigilância 24 horas por dia e usar uma tornozeleira eletrônica.

O advogado da diretora financeira, David Martin, defendeu durante as audiências que ela deveria ser solta sob fiança por motivos médicos. Meng sofre de severa hipertensão, motivo que a levou a ser hospitalizada depois de sua prisão. Ela também tem dificuldade para comer alimentos sólidos e passou por cirurgia após ser diagnosticada com câncer de tireoide em 2011.

A detenção da executiva ocorreu em 1º de dezembro, no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, concordaram com uma trégua nos embates tarifários travados entre os dois países. Depois da prisão, o ministério das relações exteriores da China afirmou que convocou tanto o embaixador americano na China, Terry Branstad, quanto o embaixador canadense na China, John McCallum, para tratar desse assunto, descrevendo a prisão como “ilegal, sem motivo e cruel”.

Nesta terça, a China prendeu o ex-diplomata canadense Michael Kovrig, segundo informou a imprensa local. Atualmente, Kovrig trabalha em uma ONG de prevenção contra conflitos armados internacionais. O governo de Pequim não se pronunciou sobre a prisão.

(Com Estadão Conteúdo)

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