Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça adia em mais uma semana decisão sobre Sakineh

Foi pedido ao advogado que apresente mais informações sobre o caso

Por Da Redação
14 ago 2010, 16h31

A Justiça iraniana adiou em mais uma semana a decisão sobre o destino de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. Neste sábado, foi realizada uma audiência em Tabriz, cidade onde a iraniana está presa. Era esperado que se decidisse se a sentença seria mantida e qual seria o tipo de execução – apedrejamento ou enforcamento. No entanto, a Justiça pediu ao novo advogado de Sakineh, Houtan Kian, que forneça mais informações sobre o caso. Uma nova audiência deve ocorrer no sábado que vem.

Com a manobra, o regime dos aiatolás ganha tempo para aplacar as críticas internacionais. Desde que o caso ganhou a imprensa, o governo despista: diz que ela também foi acusada por homicídio, que o apedrejamento foi suspenso, que seu futuro não foi decidido, etc..Sakineh foi condenada à morte por lapidação em 2006, acusada de ter mantido “relações ilícitas” com dois homens após a morte do marido. Antes, já havia recebido 99 chibatadas como punição prévia.

O presidente Lula tentou interferir no caso direto de um palanque em Curitiba, em plena campanha eleitoral. Ofereceu asilo como forma de amenizar o que chamou de “incômodo” ao Irã. O governo rejeitou. Na noite da última quarta-feira, a televisão estatal iraniana exibiu um vídeo em que uma mulher coberta por um xador – supostamente Sakineh – confessou os crimes de que é acusada. O vídeo teve efeito contrário ao esperado pelo regime e o movimento de protestos internacionais aumentou ainda mais.

Amorim – Na útltima sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse que a proposta de asilo Irã não foi uma negociação, mas um “apelo” ao Irã. Segundo o chanceler, o presidente Lula fez um pedido claro com base em razões humanitárias, segundo a sensibilidade brasileira. “Isto foi transmitido às autoridades iranianas. Vamos ver o que acontece”, disse.

Amorim ainda criticou o embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, que afirmou que o Irã não recebeu nenhuma oferta oficial de asilo. “Quando um embaixador brasileiro em Teerã comunica algo que o presidente Lula disse, o faz de forma oficial. Isso, para nós, é uma formalização da proposta de asilo, mesmo que não seja por escrito”, justificou o chanceler.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.