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Justiça aceita pedido de Trump e aprova medida que atrasa investigação

Medida paralisa investigações até que um agente especial analise todos os documentos apreendidos na propriedade do republicano, o que pode levar meses

Por Matheus Deccache Atualizado em 5 set 2022, 18h43 - Publicado em 5 set 2022, 14h58

Uma juíza federal dos Estados Unidos concordou nesta segunda-feira, 5, em nomear um “special master”, que no direito americano funciona como árbitro para fiscalizar processos litigiosos, para revisar os registros apreendidos pelo FBI durante uma busca na propriedade do ex-presidente Donald Trump

A medida representa uma vitória para o republicano, uma vez que ela provavelmente irá atrasar a investigação criminal em andamento do Departamento de Justiça. 

+ Tribunal dos EUA revela materiais apreendidos na casa de Trump na Flórida

Em sua decisão, Aileen Cannon, da Flórida, disse que o encarregado terá a tarefa de revisar os documentos apreendidos que podem estar sujeitos não apenas ao privilégio advogado-cliente, mas também ao privilégio executivo.

Ela ordenou ainda que o Departamento de Justiça suspendesse sua investigação criminal, mas disse que permitiria que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos continuassem conduzindo uma revisão de classificação. 

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“Além de ser privado de documentos pessoais potencialmente significativos, o que por si só cria um dano real, o autor enfrenta um dano potencial não quantificável por meio da divulgação imprópria de informações confidenciais ao público”, escreveu Cannon, que foi nomeada por Trump poucos meses antes de deixar o cargo.

Na prática, a medida proíbe que as investigações continuem até que o “special master” termine de analisar os documentos, “impedindo temporariamente o governo de revisar e usar os materiais apreendidos para fins investigativos”. De acordo com especialistas americanos, o processo pode levar meses. 

Cannon deu à equipe de Trump e ao Departamento de Justiça até a próxima sexta-feira, 9, para apresentar uma lista de possíveis candidatos ao cargo de análise e nenhum dos envolvidos respondeu à decisão.

Sem provas, o ex-presidente acusou o órgão federal de lançar uma “caça às bruxas partidária” contra ele e seus advogados argumentaram que a nomeação de uma terceira parte independente para revisar os materiais seria fundamental para o andamento do caso. 

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+ EUA: Trump tentou esconder arquivos secretos, diz Departamento de Justiça

Donald Trump está sob investigação por remover documentos confidenciais da Casa Branca e levá-los para sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida, após deixar o governo, em janeiro de 2021. O Departamento de Justiça investiga ainda uma possível obstrução por parte do republicano após o FBI descobrir evidências de que sua equipe possa ter ocultado documentos confidenciais quando os agentes tentaram recuperá-los em junho. 

Também em junho, os agentes de Trump disseram ter devolvido todos os documentos durante a busca, afirmação que foi refutada depois que os investigadores recuperaram cerca de 33 caixas contendo mais de 11.000 registros e fotos do governo e mais de 100 registros marcados como classificados.

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