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Jornalista de TV fechada na Nicarágua é acusada de terrorismo

Lucía Pineda foi apresentada neste domingo ao tribunal, que lhe atribuiu as acusações de terrorismo e de incitação ao ódio

Por AFP 23 dez 2018, 21h44

Lucía Pineda, diretora de imprensa do canal de televisão 100% Noticias, da Nicarágua, fechada pelo governo, foi acusada de terrorismo e colocada em prisão preventiva, informou a chancelaria da Costa Rica, que acompanha o processo porque a jornalista também tem nacionalidade costa-riquenha.

Pineda foi apresentada neste domingo, 23, ao tribunal, que lhe atribuiu as acusações de terrorismo e de incitação ao ódio, determinando que fique em prisão preventiva, informou a chancelaria em comunicado.

No sábado 22, o dono da emissora de TV a cabo e de programação contínua 24 horas, o jornalista Miguel Mora, foi acusado pela promotoria de “fomentar e incitar o ódio e a violência”, o que, segundo o Código Penal, configura os crimes de “provocação, proposição e conspiração para cometer atos terroristas”.

Ele foi apresentado algemado e com uniforme de presidiário a um tribunal, onde foi acusado dos mesmos crimes atribuídos a Pineda.

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O canal 100% Notícias, que transmite 24 horas via cabo, foi um dos veículos de comunicação com cobertura mais constante sobre a crise na Nicarágua desde a explosão dos protestos contra o governo em 18 de abril.

A repressão aos protestos deixou, segundo organizações humanitárias, pelo menos 320 mortos, 600 presos e milhares de exilados em países vizinhos.

O processo inicial contra Pineda foi marcado para 25 de janeiro no Sexto Juizado Distrital de Audiência de Manágua, aonde foi enviado um forte contingente da tropa de choque.

As autoridades nicaraguenses não haviam informado a situação da jornalista, que foi levada sob sigilo ao tribunal 36 horas de ser presa na noite de sexta-feira, quando a Polícia vasculhou e ocupou a sede do 100% Notícias, disse à AFP o advogado da Comissão Permanente de Direitos Humanos (CPDH), Pablo Cuevas.

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O traslado de Pineda, de 45 anos, foi feito sem o acesso à imprensa, nem notificação aos seus familiares para que lhe consigam um advogado.

Uma equipe da CPDH que permanece nos tribunais para dar assistência aos detidos foi que alertou sobre a presença de Pineda no juizado e assumiu sua representação legal, disse o advogado.

Os arredores do complexo judicial estavam fortemente resguardados pela tropa de choque.

Com 23 anos de exercício profissional, Pineda é a segunda jornalista acusada no contexto dos protestos antigovernamentais que explodiram em 18 de abril contra uma reforma da Previdência Social, que o governo qualifica de tentativa de golpe de Estado.

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