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Jonathan toma posse na Nigéria para primeiro mandato eletivo

Desafio do novo presidente será promover reformas e tentar sanar divisões regionais no país

Por Da Redação
29 Maio 2011, 12h49

O presidente nigeriano Goodluck Jonathan tomou posse neste domingo para cumprir seu primeiro mandato fruto das urnas. O desafio do novo presidente é promover reformas e tentar sanar divisões regionais no país mais populoso da África.

Chefes de Estado de vários países africanos, dignitários estrangeiros e líderes religiosos se reuniram na praça Eagle, no centro de Abuja, para assistir à cerimônia de posse e a um desfile militar, que marcaram o início do mandato de quatro anos de Jonathan.

“Como presidente da República Federal da Nigéria, vou cumprir meus deveres com o máximo de minha habilidade, com lealdade e de acordo com a Constituição,” disse o presidente ao prestar o juramento.

O ex-estudante de zoologia venceu as eleições do mês passado, que, embora tenham sido marcadas pela imperfeição, foram vistas como tendo refletido a vontade da população em um país que no último meio século praticamente só conheceu governos militares e eleições fraudadas.

Jonathan emergiu do pleito com um mandato digno de crédito. Ele foi eleito com 59% dos votos, embora tenha se candidatado à Presidência pelo partido Democrático do Povo (PDP), enfraquecido devido à redução de sua maioria no Parlamento e à perda de vários governos estaduais poderosos.

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A eleição destacou as divisões religiosas e étnicas da Nigéria. Cristão do sul do país, Jonathan foi vitorioso em sua região natal, mas seu rival, o nortista ex-governante militar Muhammadu Buhari, teve desempenho forte no norte do país, de maioria muçulmana.

Cerca de 800 pessoas foram mortas em tumultos e conflitos sectários em cidades do norte depois do anúncio da vitória de Jonathan. De acordo com a entidade Human Rights Watch, casas, igrejas e mesquitas foram destruídas.

“Os desafios profundos que a Nigéria enfrenta são problemas de direitos humanos,” disse Corinne Dufka, pesquisadora sênior para a África ocidental do Human Rights Watch.

“A presidência de Jonathan deve priorizar na agenda da administração os direitos humanos e as reformas, que já são necessárias há muito tempo”, acrescentou.

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Um dos poucos ex-chefes de Estado ausentes da cerimônia deste domingo, Buhari, contestou os resultados da eleição.

Goodluck Jonathan enfrenta o desafio mais difícil de sua carreira política – unir o país após os confrontos-, e seu relacionamento com seus adversários será crucial para que consiga angariar apoio para reformas e fazer um governo forte.

(Com agência Reuters)

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