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Joe Biden encontra o ‘pária’ MBS na Arábia Saudita

Depois de condenar Mohammad Bin Salman pela participação no assassinato de Jamal Kashoggi, Biden precisa dos sauditas para produzir mais petróleo

Por Amanda Péchy
15 jul 2022, 15h00

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou à Arábia Saudita nesta sexta-feira, 15, para encontrar-se com o príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman, o MBS. A visita faz parte de uma turnê de quatro dias pelo Oriente Médio, onde o americano concentra-se na agenda diplomática de segurança, visando o Irã e seu programa nuclear, e na agenda doméstica de combustíveis.

Antes condenando MBS como “pária”, devido à sua participação no assassinato do jornalista dissidente Jamal Kashoggi, agora Biden vai ao beija-mão do príncipe para negociar o aumento da produção de petróleo para um dos mais poderosos membros da Opep. O efeito cascata da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia fez com que o fornecimento de petróleo caísse e os preços nas bombas de combustível disparassem, gerando uma crise inflacionária nos Estados Unidos – nada bom para a popularidade de seu líder.

Biden foi recebido na Arábia Saudita por uma comitiva liderada por membros da família real, a princesa Reema bint Bandar Al Saud, embaixadora saudita em Washington, e o príncipe Khalid Al Faisal, governador de Meca e próximo ao rei Salman. Mas a cerimônia foi decididamente desprovida de pompa. Um pequeno número de seguranças uniformizados com espadas estavam perfeitamente alinhados ao longo de um tapete lilás, mas o grupo era ainda menor do que na recepção do presidente Barack Obama, em 2016.

Chegando ao palácio de al-Salam, Biden foi recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, e os dois trocaram um comprimento de “soquinho”, aparentemente sem trocar palavras, antes que o príncipe levasse o presidente para aposentos privados. Os assessores de Biden estavam receosos de haver qualquer fotografia do presidente se encontrando com o príncipe Mohammed.

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Mais tarde, Biden realizará uma “sessão de trabalho” junto com sua equipe com o príncipe Mohammed e vários ministros sauditas.

A chegada de Biden à Arábia Saudita foi cortês, mas fria em comparação com a saudação entusiástica que o ex-presidente Donald Trump recebeu em 2017, quando o rei Salman o recebeu na pista de voo. Trump fez da Arábia Saudita seu primeiro destino no exterior como presidente, uma ruptura acentuada com a tradição e um sinal de como ele alinharia seu governo com os sauditas.

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Embora Biden tenha prometido como candidato punir a Arábia Saudita pelo assassinato de Khashoggi, tornando o reino um “pária”, o presidente decidiu que valia o custo político de viajar para lá para, além da produção de petróleo, combater a influência chinesa e incentivar laços mais estreitos com Israel.

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Em outros casos, incluindo recentemente Cuba e Venezuela, Biden enfatizou que seu governo está fazendo da democracia e do respeito pelos direitos humanos a consideração primordial para lidar com líderes de outras nações.

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Mas na quinta-feira em Jerusalém, ele disse que estava indo para a Arábia Saudita para promover os interesses dos Estados Unidos – isso inclui fazer com que o reino bombeie mais petróleo, aproveitando sua capacidade ociosa um tanto modesta.

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