O governo do Japão informou neste domingo que continua analisando o áudio e a fotografia que anunciam a brutal execução do refém Haruna Yukawa pelo Estado Islâmico. Mas afirma que o material parece “altamente crível”. O vídeo mostra uma imagem estática de Kenji Goto segurando uma foto do que seria de Haruna Yukama decapitado.
Uma voz atribuída a Goto afirma que o grupo terrorista não quer mais dinheiro, como havia pedido inicialmente, e sugere libertar Goto em troca da liberação de Sajedah Rishawi, mantida pelas autoridades da Jordânia. “Eles não querem mais dinheiro, então você não precisa se preocupar em financiar terroristas”, diz a voz, em inglês.
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O ministro porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga reconheceu que a imagem que acompanha o áudio é “quase certo autêntica”. Já o primeiro-ministro, Shinzo Abe, assegurou em entrevista na emissora pública NHK que a imagem de Yukawa executado parece “altamente crível”.
Suga disse, também, que agora o Japão trabalha com a Jordânia e outros países para libertar Goto,ainda nas mãos do grupo jihadista. Abe não quis comentar sobre como o governo japonês vai enfrentar a demanda dos sequestradores, mas disse que o Japão “dará uma resposta em estreita cooperação com a Jordânia, dando prioridade a salvar a vida” do refém.
No início desta semana, o EI havia divulgado um vídeo exigindo 200 milhões de dólares para libertar os dois japoneses e estabelecendo um prazo de três dias para o pagamento do resgate – que expirou ontem sem notícias sobre o que havia acontecido com os reféns.
Reféns – Kenji Goto é um jornalista freelance e documentarista que foi sequestrado depois de entrar no território dominado pelo Estado Islâmico na Síria, em outubro. Yukawa foi capturado quando a facção rebelde à qual havia se integrado entrou em confronto com o EI em meados do ano passado.
Amigos dizem que Yukawa foi para a Síria para tentar fugir de decepções na vida pessoal, como a falência de seu negócio e a morte da mulher. Segundo informações da imprensa do Japão, Goto teria viajado para tentar libertá-lo.
(Com agência EFE)