Com agência France-Presse
O governo do Japão voltou a agravar nesta segunda-feira o diagnóstico sobre o estado da economia nacional e afirmou, pela primeira vez em sete anos, que a situação piora, ao mesmo tempo que os dados oficiais mostram uma queda recorde das exportações em novembro. “Aparentemente a economia seguirá piorando”, adverte o relatório mensal do governo nipônico, que destaca uma forte queda da produção industrial e dos resultados das empresas.
O Japão, segunda maior economia mundial, entrou oficialmente em recessão no terceiro trimestre do ano. Em novembro registrou uma queda de 26,6%, em ritmo anual, nas explortações e o segundo déficit comercial mensal consecutivo. O informe mensal é pela terceira vez consecutiva mais pessimista que o anterior, em conseqüência do agravamento da crise econômica e financeira mundial. A degradação da balança comercial foi provocada pela redução da demanda nos Estados Unidos, Europa e até mesmo na China, onde são preparados muitos produtos japoneses destinados aos países ocidentais.
Toyota – Também nesta segunda, a gigante japonesa Toyota Motor anunciou que no exercício 2008-2009 sofrerá os primeiros prejuízos da história, em conseqüência de uma “situação de emergência sem precedentes” com a redução da demanda no mercado automobilístico mundial. Para o exercício 2008-2009, que termina no fim de março, a Toyota prevê perdas de até 150 bilhões de ienes (1,69 bilhão de dólares), anunciou o presidente do grupo, Katsuaki Watanabe, em uma entrevista coletiva.
O anúncio foi feito em Nagoya, sede da montadora. O grupo previra há alguns meses um lucro de 600 bilhões de ienes. Caso as previsões sombrias da Toyota se concretizem, esta será a primeira vez que as contas da empresa entrarão no vermelho desde o início da publicação dos resultados financeiros em 1940. A Toyota prevê que a forte valorização do iene em relação ao dólar e ao euro nos últimos meses terá um impacto negativo de 200 bilhões de ienes no resultado.