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“Israel não vai mais existir se baixar suas armas”, diz rabino-chefe

Responsável pela congregação da Grã-Bretanha afirma que sem escudo antimísseis milhares de judeus teriam morrido durante ataques do Hamas

Por Da Redação
15 ago 2014, 09h23
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  • Ephraim Mirvis, o rabino-chefe dos judeus ortodoxos da Grã-Bretanha e do Commonwealth, afirmou nesta quinta-feira em uma entrevista à rádio BBC que “Israel não vai mais existir se baixar suas armas” e que o governo do país do Oriente Médio “defendeu de maneira compreensível e justificável os seus cidadãos” durante a operação militar na Faixa de Gaza.

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    Mais de 1.900 palestinos morreram durante a ação, lançada no início de julho para conter o disparo de centenas de foguetes pelos terroristas do Hamas. Do lado israelense, morreram 64 soldados e três civis. Segundo Mirvis, se os israelenses não tivessem desenvolvido o sistema Domo de Ferro, o escudo antimíssil responsável por interceptar os foguetes disparados de Gaza, as baixas em Israel poderiam ter sido de “dezenas de milhares”. “Israel enfrentou um ameaça clara e direta de destruição de vidas israelenses por causa do disparo de mais de 3.000 foguetes contra centros populacionais”.

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    O rabino-chefe também lamentou o total de mortos do lado palestino, mas disse que nenhuma guerra “é limpa”.

    “A perda de vidas de civis nos causa muita dor. Israel conduziu uma guerra com o propósito expresso de não mirar suas armas em civis. Isso só aconteceu contra o Hamas, mas sempre com o único desejo de apenas proteger os civis israelenses. E, infelizmente, guerras não são limpas. Guerras são feias e no meio das guerras algumas vezes alguém pode errar o alvo, o que foi o que aconteceu nesse caso”, disse.

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    Mirvis também expressou a diferença entre Israel e o Hamas. “Durante essa guerra tem sido um truísmo (obviedade) achar que se o Hamas baixasse suas armas haveria paz”, disse. “E se Israel baixar suas armas, não haverá mais Israel”.

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    Por fim, Mirvis também falou sobre os ataques antissemitas registrados na Grã-Bretanha, que ocorreram principalmente durante protestos contra a ação israelense em Gaza. Segundo ele, os ataques fizeram com muitos judeus “repensem seu futuro na Grã-Bretanha”. Segundo o rabino-chefe, críticas a Israel não constituem necessariamente antissemitismo, mas que “elas podem criar um contexto em que o antissemitismo pode florescer”. “De qualquer forma, as implicações do que acontece lá estão agora respingando nas ruas das nossas cidades, e nós estamos profundamente preocupados com o nível do antissemitismo aqui. E nós não estamos sozinhos.”

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    Segundo o jornal Daily Telegraph, as opiniões de Mirvis contrastam bastante com o seu antecessor no cargo, Jonathan Sacks, que evitava comentar as ações israelenses. Mirvis, que nasceu na África do Sul e tem 58 anos, assumiu a chefia da União das Congregações Hebraicas do Commonwealth no ano passado

    Foguetes – Na quarta-feira, o canal de televisão do Hamas, a al-Aqsa TV, exibiu imagens de um centro de produções de foguetes na Faixa de Gaza, deixando claro que a Brigadas al Qassam, o braço armado do Hamas, ainda continuam com a intenção de atacar Israel. Segundo a “reportagem”, as imagens foram registradas no dia 7 de agosto.

    “O inimigo deve saber que nós já fizemos a reposição do equipamento e da munição que perdemos na guerra”, disse um porta-voz do Hamas, chamado Abu Obeida, enquanto as imagens passavam.

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    “Yaalon [referência ao ministro da defesa Moshe Yaalon} nos ameaça com uma ofensiva por terra. Nos respondemos: você nos ameaça com algo que já estamos antecipando, seu filho de um judeu”. A sua liderança derrotista afirmou que destruiu nossa capacidade de produzir foguetes, mas apesar dessa agressão, nossa produção continua – das oficinas até o campo de batalha.”

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