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Israel invade o maior hospital de Gaza e prende 80 pessoas

Israel diz ter matado o chefe de segurança do Hamas, Faiq Mabhouch, durante a operação no complexo médico de Al-Shifa

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h20 - Publicado em 18 mar 2024, 11h13
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  • As Forças de Defesa de Israel (FDI) invadiram o hospital al-Shifa, o maior de Gaza, durante a madrugada desta segunda-feira, 18. Segundo os militares israelenses, o chefe de segurança do Hamas, Faiq Mabhouch, foi assassinado na operação, que também prendeu 80 pessoas. Já o Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, informou que o ataque deixou várias vítimas e provocou um incêndio na entrada do complexo médico.

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    Daniel Hagari, porta-voz das FDI, afirmou que a operação tinha como objetivo atacar terroristas do alto escalão do Hamas que, supostamente, utilizam o hospital para comandar ataques. Segundo ele, Mabhouch foi encontrado no local com uma grande quantidade de armas.

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    As FDI comunicaram que assumiram o controle do local e que mataram, ou feriram, um número não determinado de combatentes do Hamas, além de ter prendido 80 pessoas. Ao menos um soldado israelense também foi ferido, segundo Tel Aviv.

    Êxodo

    A população que vive nos arredores do hospital al-Shifa foi instruída pelas forças israelenses a abandonar suas casas em direção a al-Muwasi, a cerca de 30 quilômetros de distância. O comunicado foi feito através do uso de folhetos, que aeronaves lançaram dos céus, e de mídias sociais. O texto pedia que os civis seguissem imediatamente a estrada costeira de Gaza em direção ao sul do enclave.

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    No entanto, os meios de transporte locais são limitados. Muitas pessoas também não estão em condições físicas de percorrer o trajeto, devido à fome, inanição e desnutrição após meses de restrição a alimentos e outros recursos básicos.

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    A área de al-Rimal, onde está localizado o hospital, também foi atingida por ataques aéreos, segundo o relato de testemunhas à agência de notícias Reuters.

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    O que diz o Hamas

    O Hamas se pronunciou nesta segunda-feira em relação ao ataque, caracterizando-o como um novo crime e afirmando que os militares israelenses não se preocuparam com os pacientes do hospital, sua equipe médica ou com o deslocamento forçado de pessoas. Al-Shifa também estava servindo de abrigo para milhares de palestinos que precisaram fugir do norte de Gaza durante a guerra.

    “Há vítimas, incluindo mortos e feridos, e é impossível resgatar alguém devido à intensidade dos disparos e ao perigo para quem se aproxima das janelas”, afirmou o Ministério de Saúde de Gaza, acrescentando que a comunicação com pessoas dentro das unidades de cirurgia e emergência do hospital foi cortada.

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    As FDI responderam que soldados foram instruídos a evitar danos a pacientes, civis, funcionários da área médica e equipamentos. Segundo Hagari, haverá “uma passagem para os civis saírem do hospital”.

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    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se comprometeu a lançar uma ofensiva em Rafah, cidade que agora abriga mais de 1 milhão de palestinos que tiveram que se deslocar de suas cidades de origem.

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    Ataques a hospitais

    O maior hospital de Gaza já tinha sido atacado por soldados israelenses em novembro do ano passado, gerando enormes críticas da comunidade internacional. A nova operação faz parte da retomada dos ataques à regiões onde acreditava-se não haver mais a presença de membros do Hamas.

    Além de al-Shifa, outros hospitais foram invadidos em Gaza desde 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas iniciou a guerra ao invadir comunidades israelenses e matar 1.200 pessoas, além de sequestrar mais 250.

    O Reino Unido solicitou, na semana passada, uma investigação a respeito do ataque ao hospital Nasser, em Khan Younis, que aconteceu em fevereiro. A iniciativa foi motivada pela divulgação de um relatório expondo o tratamento violento dos militares israelenses contra a equipe médica.

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    Israel alegou diversas vezes que o Hamas executa ataques a hospitais sem se preocupar com os civis, e também os usa como “escudos humanos”, mas o grupo militante nega as acusações.

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