Com agência Reuters
Israel libertou 198 prisioneiros palestinos, que foram recebidos como heróis na Cisjordânia nesta segunda-feira. O estado judeu espera que a libertação ajude o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e seus esforços de paz. O prisioneiro palestino que estava há mais tempo sob custódia, Said al-Atabeh, de 57 anos, da Frente Democrática pela Libertação da Palestina, está entre os libertados.
“Essa é uma grande alegria para nossas mães e para nosso povo, mas isso ainda é um pequeno passo, pois deixamos para trás milhares de prisioneiros”, disse Atabeh, preso em 1977 e setenciado à prisão perpétua por Israel. O palestino foi condenado por envolvimento em atentados terroristas que mataram uma mulher israelense e feriram dezenas de pessoas no país na década de 1960.
A libertação começou horas antes da planejada chegada a Israel da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que tentará obter progressos num acordo de paz que Washington espera conseguir até o final do ano. “Não é fácil libertar prisioneiros, especialmente prisioneiros que estavam envolvidos diretamente em atos terroristas contra civis inocentes”, disse o porta-voz Mark Regev.
Cerca de 11.000 palestinos estão em prisões israelenses. Conseguir a libertação deles é uma questão de bastante destaque na sociedade palestina, que enxerga esses prisioneiros como símbolos da resistência à ocupação israelense. Já para Israel, soltar os presos é algo muito doloroso e controverso, já que a grande maioria se envolveu em ações violentas contra a população e as autoridades.