O exército israelense busca os atiradores que mataram um israelense e feriram sua esposa e dois filhos na sexta-feira, 1. A operação se concentra em Hebron, a maior cidade da Cisjordânia, cujas entradas foram fechadas por barreiras. De acordo com os militares, “as medidas mais substanciais tomadas em terra desde 2014”, quando as forças armadas lançaram uma vasta operação para buscar três jovens israelenses sequestrados por militares palestinos. Os jovens foram assassinados por seus captores.
Hebron concentrou boa parte da violência na Cisjordânia desde outubro de 2015: palestinos procedentes da região protagonizaram 80 ataques. Na quinta-feira, um palestino de 19 anos esfaqueou e matou uma adolescente israelense-americana depois de invadir sua casa na colônia de Kyriat Arba, ao lado de Hebron. Na sexta-feira, uma palestina, parente do homem que atacou em Kyriat Arba, foi morta depois de tentar esfaquear os guardas fronteiriços israelenses em Hebron. Ambos procediam da aldeia de Bani Naim, perto de Hebron.
A tensão teve reflexos na Faixa de Gaza. Terroristas lançaram um míssil contra um jardim de infância na cidade israelense de Sderot, sem causar vítimas. Em retaliação, a aviação israelense bombardeou quatro alvos de grupos armados sem deixar vítimas.
Um relatório divulgado na sexta-feira pelo quarteto diplomático formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Nações Unidas disse que os assentamentos, a demolição de casas palestinas e o confisco de terras por parte da autoridade israelense “minam de forma contínua a viabilidade da solução dos dois Estados”. O quarteto também apontou para a Autoridade Palestina a necessidade de agir para “cessar a incitação à violência e fortalecer os esforços em andamento para combater o terrorismo, incluindo a condenação clara de todos os atos de terrorismo”