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Israel barra ajuda humanitária de agência da ONU para Gaza

Caminhões com mantimentos destinados à população palestina não poderão mais entrar na região, de acordo com o comissário-geral da agência

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2024, 22h35 - Publicado em 24 mar 2024, 22h30

O governo de Israel afirmou que não permitirá a entrada de caminhões de ajuda humanitária da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) com mantimentos para a região norte de Gaza, onde a população local está sofrendo com a fome de forma mais severa, de acordo com Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência.

“Apesar da tragédia que se desenrola sob nossa supervisão, as autoridades israelenses informaram a ONU que não aprovarão mais nenhum comboio de alimentos da Unrwa para o norte”, afirmou Lazzarini no X, antigo Twitter. “Isso é ultrajante e torna intencional a obstrução da assistência vital durante uma fome provocada pelo homem.”

No domingo, 24, o governo de Israel não respondeu a demandas das agências de notícias internacionais por explicações sobre a decisão. Israel alega que membros da UNRWA participaram do ataque de 7 de outubro e acusa a agência de ser um “front para o Hamas”.

De acordo com a porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, a decisão foi transmitida em uma reunião com autoridades militares israelenses neste domingo. A agência das Nações Unidas não consegue levar alimentos à região norte de Gaza desde o dia 29 de janeiro. “Essa decisão é mais um prego no caixão” nos esforços para obter a ajuda necessária aos habitantes de Gaza, afirmou Touma em entrevista ao jornal inglês The Guardian.

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Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde, disse que bloquear as entregas de ajuda da Unrwa era “negar às pessoas famintas a capacidade de sobreviver”.

A população palestina vem sofrendo com a falta de comida desde que Israel declarou guerra contra o Hamas, há seis meses, motivado pelo ataque brutal do grupo terrorista em 7 de outubro de 2023. Segundo a AFP, 1160 israelenses foram mortos, a maior parte civis. A campanha militar do governo de Israel já matou ao menos 32 mil palestinos, principalmente crianças e mulheres. Os soldados também bloquearam a ajuda humanitária. A região norte da faixa de Gaza é a mais prejudicada. Um relatório apoiado pelas Nações Unidas aponta que os palestinos que lá vivem não terão mais o que comer em maio, caso uma intervenção de grande porte não seja realizada rapidamente.

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