Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Israel apropria 260 hectares na Cisjordânia para fazer assentamento

Território palestino é pontilhado por regiões ocupadas por israelenses e pelo exército; EUA voltaram a considerar prática 'ilegal'

Por Da Redação
Atualizado em 29 fev 2024, 22h33 - Publicado em 29 fev 2024, 09h22

A Administração Civil, parte do Ministério da Defesa de Israel, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o país se apropriou de 2.640 dunams, o equivalente a cerca de 260 hectares, de terra próximas a um importante assentamento judeu na Cisjordânia. O território palestino é pontilhado por diversas regiões ocupadas por israelenses e pelo exército.

De acordo com a agência de notícias Reuters, uma fonte israelense afirmou que as terras passariam a fazer parte do assentamento Maale Adumim, a leste de Jerusalém. Cerca de 500 mil residentes vivem agora na Cisjordânia ocupada e mais de 200 mil em Jerusalém Oriental.

Conflito

A Cisjordânia está entre os territórios capturados por Israel na guerra dos Seis Dias, em 1967, e onde os palestinos, com apoio internacional, procuram estabelecer um Estado. A maioria das potências mundiais considera os assentamentos ilegais.

As comunidades palestinas que vivem nessas áreas são constantemente ameaçadas com demolições de casas e confisco de terras agrícolas porque não têm licenças de construção, emitidas pelas autoridades israelenses.

Israel contesta essa noção, citando um longo histórico de reivindicações judaicas sobre a Cisjordânia e descrevendo o território ocupado como um baluarte de segurança.

Continua após a publicidade

Relação com os EUA

O governo ultraortodoxo de extrema direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende e ampliou os colonatos, o que criou atritos com os Estados Unidos. A medida ainda gera controvérsia, mesmo enquanto aliados lançam apoio a Israel devido à guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou na última sexta-feira 23 que o governo dos Estados Unidos agora considera novos assentamentos israelenses em territórios palestinos como “inconsistentes com o direito internacional”, alterando uma política implementada sob o governo de Donald Trump e marcando um retorno a uma posição de décadas de Washington sobre o assunto.

O anúncio foi feito durante entrevista à imprensa em Buenos Aires, após o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, indicar que milhares de novas residências seriam construídas nos assentamentos.

De acordo com as convenções de Genebra sobre comportamento humanitário na guerra, é ilegal expropriar terras ocupadas para fins que não beneficiem os moradores ou realocar a população local à força. Na Cisjordânia, 18% das áreas ocupadas por Israel foram declaradas “zonas de tiro” para treinamento militar desde a década de 1970.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.