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Israel anuncia ataques em Rafah, apesar de pressão internacional

Forças de Defesa ordenaram retirada de 100 mil palestinos de área onde estão cerca de 1,2 milhão de pessoas, incluindo milhares de deslocados de Gaza

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h56 - Publicado em 6 Maio 2024, 16h49

Líderes israelenses aprovaram uma operação militar na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, e forças do país estão atacando alvos na área, anunciaram autoridades nesta segunda-feira, 6, apesar de intensa pressão internacional. Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) ordenaram a retirada de 100 mil palestinos de Rafah — por lá, estão cerca de 1,2 milhão de pessoas, incluindo milhares de deslocados de Gaza.

“O Gabinete de Guerra decidiu por unanimidade que Israel continua a sua operação em Rafah, a fim de exercer pressão militar sobre o Hamas”, disse o gabinete num breve comunicado. “Ao mesmo tempo, embora a proposta do Hamas esteja longe dos requisitos necessários de Israel, Israel enviará uma delegação de trabalho aos mediadores”.

+ Biden reforça a Netanyahu ‘posição clara’ dos EUA sobre ofensiva em Rafah

Segundo o gabinete, as FDI testão “atualmente conduzindo ataques mirados contra alvos de terror do Hamas no leste de Rafah”.

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Em telefonema nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou a Netanyahu sua “posição clara” ao iminente ataque à cidade. Embora não tenha oferecido detalhes sobre o posicionamento, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reforçou a importância da proteção da vida de civis na guerra na semana passada, durante o Fórum Econômico Internacional, em Riad, capital da Arábia Saudita.

A pressão de Washington, maior aliado de Israel, para a interrupção da ofensiva em Rafah segue uma série de advertências americanas sobre a escalada da violência no enclave palestino, onde mais de 34 mil pessoas foram mortas em meio aos incessantes bombardeios israelenses.

O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, classificou como desumana a exigência de Israel para que os palestinos se mudassem de Rafah.

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“Os habitantes de Gaza continuam a ser atingidos por bombas, doenças e até pela fome. E hoje, disseram-lhes que devem deslocar-se mais uma vez à medida que as operações militares israelitas em Rafah aumentam. Isto é desumano. É contrário aos princípios básicos da política internacional. leis humanitárias e de direitos humanos, que têm a proteção efetiva dos civis como a sua principal preocupação”, disse Türk num comunicado.

O anúncio dos ataques acontece também poucas horas após o grupo militante palestino Hamas dizer ter aceitado uma proposta de cessar-fogo mediada por Egito e Catar. Em nota, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta está “longe das exigências essenciais de Israel”.

A agência de notícias Associated Press reportou que o Catar emitiu um comunicado dizendo que o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, confirmou a notícia durante um telefonema com o primeiro-ministro do país, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e com o chefe da inteligência do Egito, Abbas Kamel.

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Biden, então, “atualizou o primeiro-ministro sobre os esforços para garantir um acordo de reféns, inclusive por meio de negociações em andamento hoje em Doha, no Catar”. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, o acordo “traria um cessar-fogo imediato, permitiria um maior movimento de assistência humanitária e por isso vamos continuar a trabalhar para tentar chegar a um [entendimento]”. A única pausa nas hostilidades foi realizada em novembro, quando foram libertados 105 reféns do Hamas e 240 palestinos presos em Israel.

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