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Irmão de ativista cego conta como foi torturado por polícia

Chen Guangfu detalha que foi algemado a uma cadeira e espancado por três dias pelas autoridades que queriam saber como o seu irmão fugiu do cárcere

Por Da Redação
18 Maio 2012, 17h52
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  • O irmão do ativista chinês cego Chen Guangcheng detalhou à imprensa de Hong Kong nesta sexta-feira como foi torturado pela polícia chinesa depois que Chen conseguiu escapar de sua prisão domiciliar e buscou abrigo na embaixada dos EUA. Segundo Chen Guangfu, ele foi algemado a uma cadeira e espancado por três dias pelas autoridades que queriam saber como o irmão conseguiu fugir do cárcere.

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    “Eles me fizeram sentar em uma cadeira, acorrentaram meus pés com correntes de metal e prenderam minhas mãos com algemas nas minhas costas”, contou. “Primeiro, me perguntaram o que eu sabia sobre a fuga do meu irmão. Eu respondi que não sabia de nada. Então, eles me deram um tapa na cara e pisaram nos meus pés”, disse Guangfu à revista iSun Affairs.

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    Guangfu contou que ele e o filho, Chen Kegui, foram presos sob a acusação de tentativa de assassinato dos policiais que invadiram sua residência em busca do irmão cego. Um grupo de advogados independentes, que se ofereceu para defender Guangfu e Kegui, foi dispensado pelas autoridades e alertado para que “não falassem sobre o caso”.

    Segundo ele, os policiais pareciam saber a identidade das pessoas envolvidas na fuga de Chen. Guangfu diz que tentou resistir e dizer que era o único responsável por arquitetar a saída do irmão da prisão domiciliar. No entanto, após três dias, ele acabou revelando nomes e informações.

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    Filho – A mulher de Guangfu, Ren Zongju, também contou à revista como forças de segurança chinesas invadiram sua casa e bateram no filho Kegui. “Eles começaram a briga dentro de casa. Muitas pessoas estavam batendo nele. Seu rosto e pernas estavam sangrando. A calça ficou toda rasgada”, contou a mãe. “Ele disse: ‘Mãe, preciso sair daqui’. Eu tinha 1.000 yuans (cerca de 158 dólares) e dei tudo para o meu filho.”

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    Kegui continua preso na penitenciária de Yinan, no centro da província, acusado de tentativa de homicídio, de acordo com o advogado Liu Weiguo. No início de maio, Chen, que permanece internado com problemas no sistema digestivo, denunciou ao jornal britânico Guardian que autoridades chinesas estariam se vingando em sua família.

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    Leia mais: ‘Só saí da China porque a considero um aterro, uma prisão’, diz Liao Yiwu

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