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Irmandade Muçulmana diz ter consolidado avanço eleitoral no Egito

Por Por Mona SALEM
7 dez 2011, 10h59

A Irmandade Muçulmana afirmou nesta quarta-feira que consolidou seu avanço no segundo turno das eleições legislativas egípcias, aumentando o abismo entre os fundamentalistas salafistas. O primeiro-ministro designado pediu a união do país para relançar a economia em crise.

O Partido da Liberdade e da Justiça (PJL), da irmandade islamita, pode conseguir a metade das 168 cadeiras nesta primeira fase de eleição, definida por um terço das províncias.

No amanhecer do segundo turno na segunda e terça-feira, o PLJ reivindicou 36 das 54 vagas atribuídas na votação nominal.

Sua vitória de 36,6% no primeiro turno, permitiu que o partido definisse 40 cadeiras atribuídas à proporcionalidade da eleição de listas, segundo indicações provisórias.

Os resultados oficiais desta primeira fase de votação, que acontece em nove províncias das 27 existentes, entre elas as duas principais cidades do Egito, Cairo e Alexandria, ainda não foram divulgados.

As outras províncias votarão do dia 14 de dezembro até 11 de fevereiro, em seguida acontecerá a eleição da Shura (câmara alta consultiva), do fim de janeiro até meados de março.

Esta eleição, a primeiras desde a queda do regime de Hosni Mubarack em fevereiro, coloca os islamitas, por muito tempo confinados na ilegalidade, como primeira força política no Egito, o país mais populoso da região com mais de 80 milhões de habitantes.

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O conjunto de formações islamitas, incluindo os salafistas (24,4%), obteve oficialmente 65% dos votos no primeiro turno, esmagando as formações liberais e laicas.

A imprensa ressaltou que o segundo turno permitiu a Irmandade Muçulmana de distanciar dos salafistas, que foram a grande surpresa do primeiro turno.

O guia da irmandade, Mohamed Badei, quis assegurar a vitória ao afirmar que seu movimento “não deseja o monopólio do poder”, mas privilegiará a “participação”.

O futuro Parlamento deverá formar uma comissão para redigir a nova constituição, uma etapa decisiva da transição política deste país, um dos pioneiros da Primavera Árabe.

As Forças Armadas, no poder desde a saída de Mubarack, prometeu devolver o poder aos civis após uma eleição presidencial previstas para acontecer antes do fim de junho de 2012.

Paralelamente, o primeiro-ministro designado Kamal el-Ganzuri espera estancar a crise governamental, que já dura meses, ao anunciar nesta quarta-feira o seu gabinete.

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“O governo vai fazer o juramento amanhã (esta quarta-feira), se Deus quiser”, declarou ontem.

Ganzuri, 78 anos, já ocupava este cargo durante o regime de Mubarak e foi escolhido no fim de novembro pelo Conselho Militar para substituir Essam Sharaf.

O gabinete de Sharaf apresentou sua renúncia depois dos violentos confrontos entre as forças de ordem e manifestantes hostis ao poder militar, que provocou a morte de mais de 40 pessoas.

Ganzuri pediu para “todas as correntes e partidos políticos união para relançar a segurança e a economia”. Ele acrescentou que “a situação atual do Egito não satisfaz ninguém”.

A economia sofre desde o início do ano com a queda do turismo e dos investimentos estrangeiros.

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