(Atualiza com a ordem de detenção de um quarto suposto terrorista iraniano).
Bangcoc, 15 fev (EFE).- As bombas localizadas com supostos terroristas iranianos, detidos na terça-feira em Bangcoc após a explosão de vários artefatos, seriam usados em atentados contra alvos específicos e não prédios ou multidões, indicou nesta quarta o chefe do Conselho Nacional de Segurança da Tailândia.
O secretário-geral do organismo de segurança do Estado, Wichean Potephosree, informou que os tipos de explosivos indicam que ‘eram destinados a indivíduos e sua capacidade de destruição não era suficiente para multidões ou grandes construções’.
‘Precisamos investigar mais a fundo antes de concluir que era um ataque terrorista’, afirmou Wichean, que não deu mais detalhes sobre o incidente.
Os tribunais de Bangcoc emitiram nesta quarta ordens de detenção contra quatro iranianos, sendo que dois foram detidos na véspera e outros dois estão foragidos.
A polícia deteve na terça os iranianos Saeid Moradi e Mohummad Hazaei pelas explosões em Bangcoc, enquanto Masoud Sedadghatzadeh fugiu para a Malásia no mesmo dia e a quarta pessoa procurada é a iraniana Rohani Leila, que entrou com os homens na Tailândia, alugou a casa em Bangcoc e depois deixou o país.
A rede terrorista foi descoberta na terça, quando ocorreu uma explosão no imóvel em que viviam, no bairro de Ekkamai.
O trio escapou por diferentes partes e Saeib Morabi, de 28 anos, tentou pegar um táxi, mas o motorista se assustou com sua aparência e se negou a levá-lo.
Contrariado, o iraniano jogou contra o veículo uma granada que carregava em uma sacola e saiu correndo perseguido por agentes, sobre os quais lançou outro explosivo, que falhou e acabou explodindo nas suas próprias pernas em frente a uma escola.
O suposto terrorista foi levado para um hospital. Ao todo, as explosões feriram outras quatro pessoas, incluindo o taxista e um homem de 80 anos.
A polícia prendeu depois Hazaei, de 42 anos, no aeroporto de Suvarnabhumi, quando tentava viajar para a Malásia, enquanto Sedadghatzadeh conseguiu fugir.
As forças de segurança encontraram no apartamento dos iranianos quatro quilos de explosivo de uso militar C-4 e vários detonadores.
As autoridades israelenses culparam o governo de Teerã e seus aliados libaneses, o grupo radical xiita Hisbolá, pelos ataques ocorridos um dia antes contra suas embaixadas na Índia e na Geórgia.
‘Essa tentativa de atentado em Bangcoc demonstra outra vez que o Irã e seus cúmplices continuam semeando o terror, isso foi um exemplo’, indicou em comunicado o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, de Cingapura.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehanparast, negou a participação de seu país nos incidentes ocorridos em Bangcoc e afirmou que ‘o regime sionista está tentando destruir os laços históricos entre o Irã e a Tailândia’ com suas mentiras. EFE