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Irã protege usinas nucleares e ameaça com novos cortes de petróleo à UE

O Irã mobilizou aviões de combate e mísseis nesta segunda-feira no âmbito de um “exercício” para proteger suas instalações nucleares, diante de um possível ataque israelense, e ameaçou deixar de exportar petróleo para mais países da UE, no mesmo dia em que uma missão da AIEA chegava a Teerã. O comando de defesa antiaérea iraniana […]

Por Por Laurent Maillard
20 fev 2012, 15h41
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  • O Irã mobilizou aviões de combate e mísseis nesta segunda-feira no âmbito de um “exercício” para proteger suas instalações nucleares, diante de um possível ataque israelense, e ameaçou deixar de exportar petróleo para mais países da UE, no mesmo dia em que uma missão da AIEA chegava a Teerã.

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    O comando de defesa antiaérea iraniana afirmou em um comunicado, citado pela agência IRNA, que lançava quatro dias de manobras “na metade sul do país” para reforçar a proteção de suas instalações nucleares.

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    Recorrerá – acrescenta – a uma ampla gama de mísseis, a sistemas de radares e à aviação.

    Os “exercícios” têm por objetivo reforçar a coordenação entre os Guardiões da Revolução, guarda pretoriana do regime que controla, em particular, os mísseis iranianos e as forças armadas tradicionais, disse o comunicado.

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    Há algumas semanas, Israel reitera suas ameaças de ataques militares para deter o polêmico programa nuclear iraniano, algo que preocupa americanos e europeus, que multiplicam as pressões para convencer o país a não atacar e deixar que a pressão diplomática e as sanções façam efeito.

    De fato, uma delegação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), liderada por seu diretor-adjunto Herman Neckaerts, chegou a Teerã para discutir “soluções diplomáticas sobre a questão nuclear”, segundo as raras informações publicadas nesta segunda-feira pela imprensa iraniana.

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    Sua missão, de 48 horas, a segunda em menos de um mês, pretende esclarecer vários aspectos do programa nuclear iraniano que suscita dúvidas sobre seus verdadeiros objetivos.

    A comunidade internacional está preocupada, apesar de Teerã negar, por uma possível dimensão militar do programa, condenado por seis resoluções da ONU, quatro das quais envolveram sanções que os países ocidentais endureceram posteriormente de forma unilateral.

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    A missão anterior da AIEA, que ocorreu de 29 a 31 de janeiro, foi classificada como “boa” pela agência da ONU, embora tenha afirmado que “ainda há muito trabalho a fazer”.

    Neckaerts espera que a nova visita permita chegar a “resultados concretos”, ao mesmo tempo em que o Irã multiplicou nas últimas semanas demonstrações de força em meio à previsão de uma possível retomada das negociações com as grandes potências.

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    Após quatro meses de hesitação, Teerã concordou na semana passada com a retomada do diálogo com o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha -, mais a Alemanha), interrompido há mais de um ano, insistindo em querer retomar as negociações “rapidamente”.

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    Mas, ao mesmo tempo, Teerã ameaçou nesta segunda-feira suspender o fornecimento de petróleo à Itália, Espanha, Grécia, Alemanha, Portugal e Holanda, em represália pelo embargo petroleiro e bancário decidido em janeiro pela UE.

    Esta medida se soma ao fim das exportações à França e à Grã-Bretanha, os dois países que lideram as sanções, anunciado no domingo pelo regime iraniano. Uma decisão simbólica, já que ambos os países quase não compram petróleo iraniano, mas que provocou um aumento no preço da matéria-prima no mercado mundial.

    Já Itália, Espanha e Grécia seriam penalizadas se Teerã levasse à prática sua ameaça.

    O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, deixou claro no dia 11 de janeiro que nem as sanções, nem as ameaças militares, farão com que o Irã renuncie aos seus “direitos legítimos” em matéria militar.

    Para demonstrar sua determinação, Teerã anunciou um aumento de 50% de sua capacidade de enriquecimento de urânio e a entrada em funcionamento de sua segunda usina de enriquecimento no sul da capital, o que provocou um novo conflito com a comunidade internacional.

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    O chefe do programa nuclear iraniano, Fereydun Abasi Davani, reafirmou nesta segunda-feira que o programa “não apresenta nenhum perigo para os outros países” e que “os 5+1 fariam melhor em mudar de método”, já que as sanções “não tiveram sucesso”.

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