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Irã não quer guerra com os EUA, mas ‘não tem medo dela’, diz chefe militar

Líder da Guarda Revolucionária responde anúncio de que Washington prepara 'resposta muito importante' ao ataque de drones a base americana na Jordânia

Por Da Redação
31 jan 2024, 09h34

O chefe da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã, Hossein Salami, disse nesta quarta-feira, 31, que, embora o país não esteja buscando um confronto direito com os Estados Unidos “não tem medo” de uma guerra. O anúncio ocorre depois do Pentágono declarar que deve responder diretamente a um ataque com drones contra uma base militar na Jordânia, que assassinou três soldados americanos, orquestrado por uma milícia apoiada pelo regime islâmico.

“Ouvimos algumas ameaças de autoridades americanas sobre atacar o Irã. Dizemos a eles que vocês nos testaram e que nos conhecemos. Não deixamos nenhuma ameaça sem resposta e não procuramos a guerra, mas não temos medo dela. Esta é a verdade bem conhecida”, declarou o major-general Salami.

Recuada

O Kataib Hezbollah, grupo que assumiu a autoria do atentado contra a base americana no domingo 28, anunciou na terça-feira 30 que vai suspender todas as operações contra militares dos Estados Unidos no Oriente Médio, às vistas de evitar retaliações de Washington. Acredita-se que mais milícias apoiadas por Teerã em países vizinhos, como o Iraque, sigam este exemplo.

“Estamos anunciando a suspensão das nossas operações militares e de segurança contra as forças de ocupação para evitar qualquer constrangimento para o governo iraquiano”, escreveu a facção islâmica no seu site.

No mesmo comunicado, o Kataib Hezbollah insistiu que conduziu todas as suas ações de forma independente do Irã. No entanto, a suspensão das operações foi quase certamente coordenada com Teerã, para dissipar, ao menos temporariamente, as tensões com os Estados Unidos.

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Retaliação iminente

Washington prometeu uma resposta “muito importante” aos ataques na Jordânia. John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, disse que os Estados Unidos ainda não identificaram o grupo específico que atacou a base americana, mas acredita que os militantes têm apoio iraniano.

“Ainda estamos trabalhando na análise, mas claramente o trabalho tem todas as características de grupos que são apoiados pela Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e, na verdade, também pelo Hezbollah”, disse ele, referindo-se ao grupo político-militar xiita do Líbano.

O Irã é conhecido por financiar uma rede de facções islâmicas em todo o Oriente Médio, como na Síria, Iraque e Iêmen, incluindo o Hezbollah e o grupo terrorista palestino Hamas, em guerra contra Israel na Faixa de Gaza.

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