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Irã diz que novas sanções dos EUA a seu chanceler são “infantis”

Estados Unidos consideram ministro iraniano um 'porta-voz' de Teerã, que insiste na suspensão de todas as sanções econômicas aplicadas

Por Da Redação
1 ago 2019, 16h40
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  • Um dia depois de o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciar sanções contra o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Javad Zarif, o presidente iraniano, Hassan Rohani, declarou nesta quinta-feira, 1, que os americanos “perderam a capacidade de agir e pensar de maneira sensata”. Rohani também classificou a ação americana como um “comportamento infantil”.

    “Está absolutamente claro que os alicerces da Casa Branca foram abalados pelas palavras e a lógica de um diplomata informado e dedicado”, completou o presidente iraniano, referindo-se a Zarif, durante uma visita a Tabriz, noroeste do país.

    As sanções implicam no congelamento dos ativos que Zarif possa ter nos Estados Unidos ou que sejam controlados por instituições americanas, anunciou o governo americano. No Twitter, o chanceler disse que as restrições “não têm efeito” porque nem ele nem sua família possuem propriedades ou interesses fora do Irã.

    “Obrigado por me considerar uma ameaça à sua agenda”, ironizou Zarif.

    A justificativa do Departamento do Tesouro, responsável por aplicar e gerir as sanções americanas, é que Javad Zarif “implementa a agenda irresponsável do líder supremo iraniano [Ali Khamenei]” e, portanto, é o porta-voz do regime pelo mundo. “Os Estados Unidos estão enviando uma mensagem clara para o regime iraniano de que seu comportamento é completamente inaceitável”, afirmou Steven T. Mnuchin, secretário do Tesouro americano.

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    A aplicação de sanções foi retomada pelos Estados Unidos após sua saída unilateral do Plano de Ação Conjunto Global (JPCOA) em março de 2018. O presidente americano, Donald Trump, considerava o acordo nuclear “o pior já feito na história” e, ao retirar seu país, retomou com as restrições pré-acordo e aplicou novas e mais pesadas contra Teerã. Sobretudo, contra as exportações iranianas de petróleo. Como consequência, diversos ataques a petroleiros começaram a ocorrer na região, porém, o governo iraniano nega a autoria da maioria dos ataques.

    O regime iraniano classifica as sanções americanas como “terrorismo econômico”.

    Os europeus tentam salvar o acordo oferecendo linhas créditos em euros e prometendo melhorar o comércio com o Irã por meio da compra de produtos que não podem sofrer restrições, como alimentos e medicamentos. Porém, Teerã quer que a União Europeia pressione Washington a suspender as sanções.

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    Enquanto as negociações com a União Europeia não chegam a um final que agrade ambos os lados, o Irã anunciou em julho que deixaria de respeitar alguns de seus compromissos do acordo e ameaça continuar reduzindo suas obrigações até, definitivamente, sair do acordo nuclear.

    Simultaneamente, no Golfo Pérsico, as tensões entre Irã, Reino Unido e Estados Unidos são cada vez maiores. No fim de junho, a Guarda Revolucionária Iraniana (IRCC) abateu um drone americano, e Washington quase realizou um ataque de mísseis de cruzeiro em retaliação, mas Trump recuou no último segundo. Após esse episódio, um petroleiro britânico foi capturado na região em resposta `a apreensão de uma embarcação iraniana em Gibraltar, território britânico ao sul da Espanha.

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