Inteligência de Israel diz que Assad utiliza armas químicas
Uso de substâncias no conflito sírio preocupa a comunidade internacional
Por Da Redação
23 abr 2013, 09h40
Um funcionário da inteligência militar israelense acusou nesta terça-feira o regime do ditador sírio Bashar Assad de utilizar armas químicas contra os rebeldes. As armas químicas são a maior preocupação de Israel, que teme que elas possam chegar às mãos de terroristas que as usariam contra o território israelense.
• Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
• Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
• Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
• Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.
“Assad utiliza armas químicas na Síria”, afirmou o general Itai Brun, chefe do setor de investigação e análise do departamento de inteligência militar do exército israelense, em declarações divulgadas na conta oficial do Twitter das forças armadas.
“As pupilas que se contraem, a baba que sai da boca e outros sinais que vimos demonstram o uso de armas químicas mortais”, afirmou o general Brun em uma intervenção durante uma conferência internacional sobre a segurança, da qual a rádio militar divulgou um trecho. “Que armas químicas? Aparentemente sarin”, acrescentou.
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Os Estados Unidos investigam o possível uso de armas químicas por parte do regime sírio contra os rebeldes, como suspeitam alguns países europeus. Algumas informações sobre o possível uso de um agente químico muito suspeito nos recentes combates na Síria estão sendo examinadas pelos serviços de espionagem americanos, mas até o momento não foram tiradas conclusões. As autoridades americanas acreditam que é possível que tenham sido utilizadas armas químicas de forma limitada e muito localizada, e não em grande escala.
Israel disse que não quer se envolver no conflito sírio, mas recentemente reagiu a disparos sírios em seu território nas colinas de Golã. Há o temor de que terroristas tenham alcance dessas armas e as usem para suas próprias causas, como a destruição de Israel. Nesse caso, o governo israelense já afirmou que atacaria o território sírio.
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