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Insuficiência respiratória de Chávez persiste, diz governo

O ministro da Comunicação leu o comunicado em cadeia nacional de TV

Por Da Redação
21 fev 2013, 23h56

O tratamento médico a que está sendo submetido o presidente Hugo Chávez não está surtindo o efeito esperado, admitiu nesta quinta-feira Ernesto Villegas, ministro da Comunicação e Informação da Venezuela. O comunicado oficial foi lido em cadeia de televisão em horário nobre. O representante chavista afirmou que o coronel está com insuficiência respiratória, com um quadro clínico “ainda não favorável”. Chávez está internado em um hospital militar em Caracas desde de segunda-feira, depois de ficar sob cuidados médicos em Cuba desde 11 dezembro, quando fez uma operação para a retirada de um câncer. .

Villegas aproveitou a ocasião para chamar a oposição de desumana por exigir explicações constante sobre o estado de saúde do presidente.

A falta de transparência do governo venezuelano sobre o real estado de saúde de Chávez tem motivado protestos da oposição e da sociedade. O seu retorno a Caracas, por exemplo, foi anunciada por uma breve mensagem em sua página no Twitter, sem maiores informações. Nenhuma imagem de Chávez foi divulgada depois de sua volta à capital venezuelana. Na quarta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que tentou visitar seu colega, sem sucesso. “Não pude vê-lo, só me reuni com seus médicos e familiares”, afirmou.

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Posse – Um protesto de estudantes exigiu nesta quinta-feira que o governo dê provas concretas sobre a presença de Hugo Chávez na Venezuela. Caso contrário, os estudantes afirmam que vão ao Hospital Militar na próxima segunda-feira para verificar seu estado de saúde e conferir se o coronel tem capacidade de governar. “Assim como exigimos sua volta à Venezuela, hoje exigimos que saia e mostre a cara”, disse a líder universitária Gabriela Arellano, segundo o jornal El Mundo.

Também nesta quinta-feira, um grupo de advogados foi ao STJ solicitar “urgência” no juramento de Hugo Chávez para o mandato que vai até 2019, uma vez que ele está no país. Exigência que também foi feita pela oposição venezuelana nesta semana. Em um comunicado, a Mesa da Unidade Democrática (MUD) questionou o discurso do governo de que Chávez está em plenas condições de governar o país e pediu que o juramento de posse seja realizado o quanto antes. A coalizão opositora também pediu que o governo pare que fazer um “espetáculo” sobre a saúde do presidente e se dedique a resolver os problemas da “vida real” dos venezuelanos: a violência, a escassez, o alto custo de vida, os baixos salários, o desemprego e a corrupção. A MUD está organizando uma concentração neste sábado contra os efeitos da desvalorização cambial anunciada no início deste mês.

Outro movimento opositor, o Vontade Popular, pede ao governo que designe uma junta médica para avaliar a saúde do presidente – sendo que os nomes dos médicos sejam de conhecimento público -, explique o tipo e a duração do tratamento necessário para Chávez e permita que a imprensa tenha acesso direto às informações médicas, e não apenas através das redes oficiais de rádio e televisão. O líder do partido, Carlos Vecchio, ressaltou que as fotos de Chávez com as filhas e o anúncio de sua volta ao país não são suficientes para reduzir as incertezas sobre seu estado de saúde.

Na segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça da Venezuela disse estar pronto para realizar a cerimônia de juramento de Chávez “a qualquer momento”. A corte estaria à espera apenas da “decisão do presidente e de sua equipe médica” para determinar se o evento será público ou privado e onde será realizado.

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