Um tribunal alemão informou, nesta sexta-feira, que deve divulgar as informações do serviço de inteligência do país sobre Adolf Eichmann, um dos responsáveis pelo extermínio de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
A decisão do tribunal administrativo federal de Leipzig foi tomada após o pedido de um jornalista residente na Argentina que deseja consultar as 3.400 páginas dos arquivos do serviço de inteligência. Os documentos datam dos anos 50 e 60.
O tribunal desconsiderou os argumentos apresentados pela chancelaria, à qual o serviço de inteligência está subordinado, para manter os arquivos fechados. Segundo o tribunal, os fatos são muito antigos para causar algum prejuízo à política alemã no Oriente Médio ou à cooperação entre os serviços de inteligência do país com os de outras nações.
Adolf Eichmann, um tenente-coronel da SS, foi brevemente detido pelos americanos ao final da Segunda Guerra Mundial, mas conseguiu escapar e viver na Alemanha de maneira clandestina durante vários anos. Em 1950 se refugiou – com um nome falso – na Argentina, até que os serviços de inteligência israelenses o encontraram e capturaram.
Eichmann foi julgado em Israel e, depois de condenado à morte, foi enforcado em 1962.
(Com Agência France-Presse)