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Indígenas bolivianos percorrem último trecho antes de chegar a La Paz

Por Aizar Raldes
18 out 2011, 16h26

Os indígenas amazônicos da Bolívia percorrem nesta terça-feira os últimos 30 km que os separam de La Paz, em cujo centro, sede do governo boliviano, protestarão na quarta-feira para manifestar ao presidente Evo Morales sua rejeição à construção de uma estrada que atravessa seu território.

Os indígenas de terras baixas da Bolívia caminhavam a ritmo lento em meio a um forte sol por uma estrada asfaltada rumo a La Paz, a 3.600 metros de altitude, depois de ter percorrido desde agosto, com várias paradas, cerca de 600 km a partir da cidade amazônica de Trinidad.

“Saímos às 8h00 da manhã de Pongo (a 38 km de La Paz), estamos caminhando para Urujara (a 10 km de La Paz)”, onde mais de 1.000 indígenas passarão a noite, para “sair de Urujara às 8h00 da manhã com destino à sede do governo”.

A marcha, que começou a engrossar com a presença de ativistas de diversos setores para chegar de forma multitudinária a La Paz, prevê realizar nesta terça-feira uma cerimônia em Cumbre, um lugar cheio de montanhas nevadas e uma lagoa, a cerca de 3.800 metros de altitude.

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“O governo vai demonstrar amanhã se tem essa vontade (de atender a plataforma de 16 demandas, entre as quais a suspensão do projeto da estrada)”, afirmou Fernando Vargas, um dos líderes da caminhada.

“Vamos à catedral, onde a Igreja Católica nos receberá com uma missa solene. Acredito que, se o presidente tiver vontade política, estará presente depois da missa, onde nos dirá, por exemplo, em que momento vai nos atender”, completou Vargas.

A catedral de La Paz encontra-se ao lado do palácio Quemado, sede do Executivo, em uma praça pública habitualmente proibida para manifestações públicas que não sejam do governismo.

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Os manifestantes esperam que Morales “demonstre uma vontade de seu governo e de sua pessoa, mais que como presidente, como pessoa”, para dialogar sobre a principal demanda, que é a suspensão definitiva do projeto da estrada.

Esse conflito originou uma violenta repressão policial à marcha no fim de setembro, o que provocou a indignação da população e despertou a solidariedade em relação aos indígenas, que poderão ser recebidos como heróis nesta quarta-feira quando chegarem a La Paz para falar com Morales.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) instou nesta segunda-feira o governo da Bolívia a proteger os indígenas “em vista do uso excessivo da força pela polícia na repressão à marcha de 25 de setembro”.

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