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Indiana sofre estupro coletivo como punição pelo ‘crime de se apaixonar’

Vítima mantinha relacionamento de cinco anos com um homem de aldeia rival

Por Da Redação
23 jan 2014, 07h01
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  • A polícia da Índia deteve nesta quinta-feira treze pessoas acusadas de um estupro coletivo na província de Bengala, Leste do país, relata a rede BBC. Segundo informações da polícia, o ataque teria sido ordenado por líderes anciãos de uma aldeia que se opunham ao namoro da vítima. A mulher, de 20 anos, está internada e foi condenada por um tribunal popular por ter se apaixonado por um homem de outra aldeia.

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    O ataque coletivo ocorreu na noite de segunda-feira na aldeia de Labhpur. A polícia local informou que um tribunal popular considerou impróprio o relacionamento da mulher com um homem que não pertencia àquela aldeia, mas a uma rival, chamada Birbhum. Na Índia, em muitas localidades ainda existem tribunais populares locais que funcionam à margem das leis do país. Geralmente compostos por um conselho de anciões, os julgamentos populares impõem penas violentas, como surras, estupros e até assassinatos para quem consideram ter violado códigos locais. “O chefe da tribo ordenou que eu fosse desfrutada pelos homens da cidade. Seguindo suas ordens, pelo menos dez ou doze pessoas, entre eles vários membros de uma mesma família, me estupraram. Perdi a conta de quantas vezes fizeram isso”, declarou a jovem à emissora local NDTV.

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    “A relação estava acontecendo há quase cinco anos. Quando o homem visitou a casa da mulher na segunda-feira com a proposta de casamento, os aldeões o viram e organizam um rápido ‘julgamento’. Durante a ‘audiência’ o casal foi obrigado a permanecer em silêncio e com as mãos amaradas”, disse à BBC o chefe da polícia da aldeia de Birbhum, C. Sudhakar. O casal ainda foi multado em 25.000 rúpias (cerca de 400 dólares) por ter cometido o “crime de se apaixonar”, completou o policial. O homem pagou a multa e foi libertado. Já a família da mulher não tinha condições que pagar o valor estipulado e ela foi violentamente atacada por um bando, informou a polícia.

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    A polícia prendeu treze agressores, incluindo o chefe do bando, que ordenou o ataque. Embora o incidente tenha ocorrido na segunda-feira à noite, a família da mulher, temendo represálias, só foi à polícia na quarta-feira. Não é a primeira vez que essa aldeia registra um caso como esse, envolvendo um “julgamento”. Em 2010, o tribunal popular ordenou três mulheres a se despirem e andarem nuas por uma multidão de homens que as assediavam.

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    Saiba mais: Estupro coletivo de jovem incentiva transformação na Índia

    A atenção contra crimes de violência sexual aumentou na Índia após o estupro e assassinato de uma estudante dentro de um ônibus em Nova Délhi, em 2012. O governo endureceu as leis contra a violência sexual depois de protestos generalizados cobrando segurança para as mulheres e justiça para os agressores. Mas a violência e discriminação contra as mulheres permanecem profundamente enraizadas na sociedade patriarcal da Índia.

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