A Índia iniciou neste sábado, 16, o que o governo local chamou de maior campanha de vacinação do mundo. O trabalhador da área sanitária Manish Kumar se tornou a primeira pessoa no país a ser vacinada contra o Covid-19 nesta manhã, pouco depois de o primeiro-ministro Narendra Modi detalhar o seu plano de imunização.
No início, a Índia priorizará enfermeiras, médicos e outros trabalhadores da linha de frente. As primeiras vacinas foram oferecidas no Instituto de Ciências Médicas da Índia (AIIMS), um dos 3.006 centros de vacinação estabelecidos em todo o país. No primeiro dia de uma campanha de imunização, a Índia pretende vacinar cerca de 300.600 pessoas.
Com uma população de cerca de 1,3 bilhão de pessoas, a Índia é o país mais populoso do mundo, atrás apenas da China (1,4 bilhão). O governo diz que não terá vacina suficiente para obter imunidade coletiva, mas planeja vacinar cerca de 300 milhões de pessoas com duas doses nos primeiros seis a oito meses do ano.
“A doença separou as pessoas de suas famílias, manteve as mães longe de seus filhos, e aqueles que morreram da doença não conseguiram nem mesmo um adeus final de suas famílias”, discursou Modi, com lágrimas nos olhos, por meio de videoconferência. Até o momento, cerca de 10,5 milhões de indianos foram infectadas e mais de 151.000 morreram por complicações decorrentes do coronavírus.
O governo informou que 30 milhões de profissionais de saúde e outros profissionais de linha de frente, como os de saneamento e segurança, serão os primeiros vacinados, seguidos por cerca de 270 milhões de pessoas com mais de 50 anos ou consideradas de alto risco devido a condições médicas pré-existentes.
A população não poderá escolher entre a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca, produzida pelo instituto local Serum, e a Covaxin, uma vacina apoiada pelo governo desenvolvida pela Bharat Biotech da Índia, cuja eficácia é desconhecida.