Incêndio ‘monstro’ na França obriga 10 mil a deixarem suas casas
Mais de mil bombeiros lutam contra as chamas que já destruíram cerca de 7.000 hectares de floresta e diversas casas na cidade de Bordeaux
Autoridades da França informaram nesta quinta-feira, 11, que mais de 1.000 bombeiros estão lutando contra um incêndio “monstruoso” que atinge o sudoeste do país.
O fogo destruiu várias casas nos arredores da cidade de Bordeaux, forçando 10.000 moradores a fugirem. Antes da evacuação, alguns tiveram que se abrigar das chamas nos telhados de suas residências, segundo informações divulgadas pela emissora britânica BBC.
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“É a primeira vez que vemos um incêndio como este”, disse o bombeiro Jérôme Jean ao site de notícias francês BFMTV. Outro representante da corporação, Gregory Allione, classificou o fenômeno como “monstruoso”, em entrevista à rádio francesa RTL.
Os oficiais estão sendo apoiados por aeronaves especializadas que lançam água sobre as chamas. No entanto, ventos fortes e as altas temperaturas da região estão dificultando o combate ao incêndio. Vários bombeiros tiveram que ser redistribuídos com urgência de outras regiões para impulsionar a operação em andamento.
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De acordo com o serviço de meteorologia local, as temperaturas devem chegar a 39°C ainda nesta quinta-feira.
O país conta ainda com outros focos de incêndio, como o que ocorre na região de Gironde, na França. As chamas consomem o local há dois dias e, apesar de todos os esforços, o fogo segue ainda fora de controle, disseram autoridades.
Belin-Béliet, situada também no sudoeste do país, é agora uma cidade fantasma, já que todos os seus 2.000 habitantes tiveram que fugir na quarta-feira, diz a BFMTV.
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou que Áustria, Alemanha, Grécia, Polônia e Romênia irão fornecer ajuda para combater o incêndio. “A solidariedade europeia em ação!”, escreveu Macron em seu perfil no Twitter.
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Neste verão, a França e vários outros países europeus viram uma onda de incêndios florestais mortais, desencadeados por temperaturas recordes e secas em todo o continente. Mais de 1.000 mortes foram atribuídas às altas temperaturas em Portugal e na Espanha.
No Reino Unido, um alerta de calor extremo entrou em vigor nas últimas semanas. As previsão é de que o país registre 37°C em algumas áreas nos próximos quatro dias.
Especialistas alertam que a onda de calor, efeito das mudanças climáticas globais, provavelmente afetará a saúde, o transporte e as condições de trabalho da população.
Cientistas afirmam que as temperaturas continuarão subindo, a menos que os governos de todo o mundo façam cortes acentuados nas emissões de gases poluentes.