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Incêndio destrói maior campo de refugiados da Europa

Sindicato dos bombeiros da ilha de Lesbos, na Grécia, afirma que o campo está 99% incendiado e o fogo continua; não há mortes

Por Da Redação
Atualizado em 9 set 2020, 09h45 - Publicado em 9 set 2020, 08h43
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  • Um incêndio de grandes proporções atingiu o campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos, na madrugada desta quarta-feira, 9. O local abriga por volta de 13.000 pessoas, seis vezes acima de sua capacidade máxima de pouco mais de 2.000 imigrantes.

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    De acordo com os bombeiros, “incêndios espalhados nos prados ao redor do campo, mas também dentro da estrutura” mobilizam 25 bombeiros e 10 veículos para esvaziar o campo mais insalubre da Europa. Os bombeiros afirmaram que no momento “não há vítimas, e sim algumas pessoas levemente feridas, com problemas respiratórios provocados pela fumaça”.

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    Quase todo o local está em chamas, tanto o interior como as barracas do lado de fora. Quase 500 migrantes estão na rodovia que segue até o porto de Mitilene, mas permanecem bloqueados pelas forças de segurança. Outros buscaram refúgio nas colinas próximas ao campo.

    “A ilha de Lesbos está em estado de emergência”, anunciou o porta-voz do governo grego, Stelios Petsas. Uma reunião do governo, com o primeiro-ministro e o comandante do Estado-Maior, acontecerá nesta quarta-feira para “examinar a situação em Moria e as medidas que serão adotadas”, informou o porta-voz.

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    De acordo com o site de notícias Lesvospost, mais de 3.000 barracas, milhares de contêineres, escritórios administrativos e uma clínica dentro do acampamento foram atingidas pelas chamas. O presidente do sindicato dos bombeiros de Lesbos, Yorgos Ntinos, afirmou que o campo “está 99% incendiado e o fogo continua”.

    A ‘Stand by Me Lesvos’, organização de moradores locais e refugiados, alertou no Twitter: “Tudo está queimando, as pessoas estão fugindo”. “Algumas testemunhas afirmam que alguns moradores bloqueiam a passagem (de refugiados) na localidade vizinha”, acrescentou.

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    De acordo com agência de notícias ANA, os incêndios teriam começado após uma revolta de alguns solicitantes de asilo que seriam colocados em isolamento depois que testaram positivo para o coronavírus ou entraram em contato com uma pessoa infectada.

    Os bombeiros afirmaram que alguns grupos de refugiados impediram a entrada das unidades e que a polícia teve que atuar para permitir a continuidade do resgate.

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    Na semana passada, as autoridades detectaram o primeiro caso de coronavírus no campo de Moria e colocaram o local em quarentena. Após 2.000 exames, 35 pessoas testaram positivo para Covid-19 em Moria.

    “Apenas uma pessoa apresentou sintomas, as outras 34 estão assintomáticas”, afirmou o ministério das Migrações. “As 35 pessoas foram transferidas para um espaço previsto para o isolamento”.

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    “Com o incêndio, todos dispersaram e os casos positivos se misturaram com os outros”, disse uma fonte policial em Lesbos.

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    O governo adotou medidas de restrição no campo, que não foram eliminadas, apesar das críticas das ONGs de defesa dos direitos humanos, que consideram as medidas “discriminatórias” porque em maio o confinamento chegou ao fim no país.

    As organizações criticam o campo de Moria por sua falta de higiene e superlotação. Também defendem a transferência dos demandantes de asilo mais vulneráveis.

    Os distúrbios e confrontos são quase diários. De janeiro a agosto, cinco pessoas foram esfaqueadas em mais de 15 ataques. Em março, uma menina morreu em um contêiner queimado. Em setembro de 2019, duas pessoas faleceram em um incêndio.

    (Com AFP)

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