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Igreja russa cobra arrependimento do grupo Pussy Riot antes de julgamento

Justiça analisará nesta segunda-feira uma apelação sobre as sentenças

Por Da Redação
30 set 2012, 14h33

A Igreja Ortodoxa Russa pediu neste domingo que as integrantes da banda de punk Pussy Riot se arrependam, na véspera da decisão judicial de uma apelação sobre as sentenças de dois anos pela apresentação de músicas contra o governo na principal catedral de Moscou.

Um porta-voz da Igreja, Vladimir Legoida afirmou que o ato das três integrantes da banda “não pode permanecer sem punição seja qual for a justificativa”, mas que qualquer arrependimento, se expresso, deve ser levado em consideração. “A igreja sinceramente deseja o arrependimento daquelas que profanaram um local santo, certamente como benefício para suas almas”, afirmou Legoida em discurso. “Se quaisquer palavras das condenadas indicar arrependimento… Desejamos que isso não passe despercebido e que aquelas que violaram a lei ganhem uma chance de consertar seus caminhos.”

A banda critica os laços do presidente Vladimir Putin com a Igreja Ortodoxa Russa. As três foram condenadas por uma corte distrital em 17 de agosto por “vandalismo motivado por ódio religioso”.

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Um comunicado da igreja após o veredicto de agosto indicou que o clero apoiaria um perdão ou uma sentença reduzida, mas que exigiria que Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, admitissem sua culpa.

Os advogados do trio descartam essa possibilidade. “Se eles (Igreja) esperam um arrependimento no sentido de crime, isso definitivamente não acontecerá. Nossas clientes não admitirão culpa. Um pedido desses é fora de propósito”, afirmou neste domingo o advogado Mark Feigin à emissora de televisão independente Dozhd.

Sentenças – A equipe jurídica e familiares das artistas têm poucas esperanças de que as sentenças sejam anuladas ou reduzidas – com arrependimento ou não.

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“A sentença é predeterminada; o arrependimento não a afetaria em nada”, afirmouStanislav Samutsevich, pai de uma das mulheres presas. “O fato de a Igreja estar pedindo isso não é nada além do que uma jogada de relações públicas para manter sua reputação aos olhos do público, já que a Igreja diz ser separada do Estado.”

O patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, chamou os 12 anos de mandato de Putin de “um milagre de Deus” e apoiou sua campanha presidencial neste ano.

O julgamento expôs Putin a críticas internacionais, devido a dúvidas sobre a independência do Poder Judiciário.

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(Com a Reuters)

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