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Igreja do Santo Sepulcro fecha em protesto contra novo imposto

Diretores do templo consideram as novas medidas israelenses como "uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém"

Por Da redação
Atualizado em 25 fev 2018, 16h03 - Publicado em 25 fev 2018, 16h02

A igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém fechou as portas neste domingo para protestar contra um novo imposto do governo de Israel, de acordo com a administração cristã do templo. As autoridades israelenses querem arrecadar impostos de algumas propriedades das Igrejas consideradas como “comerciais”. A igreja fechou ao meio-dia (7h no horário de Brasília).

“Como medida de protesto, decidimos tomar esta medida sem precedentes e fechar a igreja do Santo Sepulcro”, afirmaram os diretores ortodoxos, armênios e católicos do templo em um comunicado. De acordo com eles, as novas medidas israelenses para obrigar a igreja a pagar impostos “são uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém”.

“Se (o projeto) for aprovado, tornará possível a expropriação das terras das Igrejas”, afirma um comunicado. “Isso nos recorda todas as leis de mesma natureza que foram aplicadas aos judeus nos momentos sombrios da Europa”, ressalta.

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“Esta lei detestável (…) tornaria possível a expropriação de propriedades da igreja”, afirma o comunicado, antes de destacar que o texto, que será analisado por um comitê ministerial, “nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa”.

Turistas confusos encontraram as portas da igreja fechadas e os guias turísticos tentavam explicar por que não podiam entrar. “É muito decepcionante”, lamentou Elona, ​​uma turista russa que planejava visitar o lugar sagrado. “É uma das principais atrações religiosas, e era muito importante para nós visitá-la porque é a nossa primeira vez aqui”, disse ela.

Vista da entrada da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, com as portas fechadas - 25/02/2018
Vista da entrada da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, com as portas fechadas – 25/02/2018 (Amir Cohen/Reuters)

O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, indicou em um comunicado que a cidade esperava recuperar 650 milhões de shekels (152 milhões de euros) em impostos atrasados de algumas propriedades das igrejas. Barkat apontou que o Santo Sepulcro e todas as outras igrejas eram isentas de impostos e permaneceriam assim, e que apenas estabelecimentos como “hotéis, salas de reuniões e lojas” pertencentes às igrejas seriam afetadas.

Os líderes cristãos acreditam que este projeto de lei compromete seu trabalho diário, que inclui não só serviços religiosos, mas também serviços sociais aos pobres. Além disso, um projeto de lei distinto visa aliviar os temores dos israelenses que vivem em casas construídas em terras anteriormente pertencentes à Igreja Ortodoxa Grega e vendidas a particulares.

Considerado como o local mais sagrado do cristianismo, o Santo Sepulcro foi construído onde Jesus foi crucificado e enterrado, de acordo com a tradição. Centenas de milhares de pessoas visitam o local todos os anos em peregrinação. A igreja está localizada na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade sagrada que Israel ocupa há 50 anos e cuja anexação é considerada ilegal pela comunidade internacional.

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(Com AFP)

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