Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Hollande mantém meta de déficit para 2013, apesar das previsões de Bruxelas

Paris, 11 mai (EFE).- O presidente eleito da França, François Hollande, disse nesta sexta-feira que já contava com uma deterioração das finanças públicas acima do previsto pelo Governo em fim de mandato, o que não impedirá que mantenha seu compromisso de reduzir o déficit em 3% em 2013, contra os 4,2% da última estimativa de […]

Por Da Redação
11 Maio 2012, 12h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Paris, 11 mai (EFE).- O presidente eleito da França, François Hollande, disse nesta sexta-feira que já contava com uma deterioração das finanças públicas acima do previsto pelo Governo em fim de mandato, o que não impedirá que mantenha seu compromisso de reduzir o déficit em 3% em 2013, contra os 4,2% da última estimativa de Bruxelas.

    Publicidade

    ‘Sabia há semanas que havia uma piora das contas maior do que dizia o Governo’, assegurou Hollande em Tulle (centro-sul da França), onde esteve para apresentar sua renúncia como presidente do Conselho Geral do departamento de Corrèze.

    Publicidade

    No entanto, Hollande, que na próxima terça-feira tomará posse como presidente e viajará a Berlim para se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, evitou ser taxativo sobre as previsões de Bruxelas, até dispor de um relatório preciso sobre a situação das finanças públicas.

    ‘Solicitei uma avaliação ao Tribunal de Contas sobre a realidade orçamentária de nosso país’, disse o socialista Hollande, acrescentando que serão adotadas as decisões necessárias de acordo com o teor do relatório.

    Publicidade

    O próximo presidente da França, inclinado a introduzir políticas de estímulo e crescimento frente às receitas de austeridade e rigor defendidas pela Alemanha e por seu antecessor no cargo, Nicolas Sarkozy, ressaltou o objetivo de alcançar o equilíbrio orçamentário em 2017.

    No entanto, o socialista transmitiu por meio de seu conselheiro econômico, Michel Sapin, que a França respeitará seus compromissos orçamentários para o próximo ano.

    Publicidade

    As previsões da Comissão Europeia, informadas nesta sexta-feira pelo comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, cifram o déficit da França em 2012 em 5,2%, idêntico ao de 2011, e em 4,2% no próximo ano, contra 3% anunciado pelo Governo em fim de mandato.

    Continua após a publicidade

    ‘Esperamos que as autoridades francesas especifiquem as medidas projetadas para 2013’, disse Rehn, indicando que a revisão do Executivo comunitário criou uma política econômica constante. Entretanto, ele antecipou também uma piora em matéria de crescimento, desemprego e dívida.

    Publicidade

    O crescimento econômico da França, segundo Bruxelas, será de 0,5% em 2012, em linha com o programa econômico de Hollande. No entanto, a atividade econômica avançará apenas 1,3% em 2013, contra 1,7% que estimavam Hollande e o Governo em fim de mandato.

    Apesar de o dado das previsões comunitárias piorar com relação à estimativa do outono, se mantém acima do crescimento de 1% antecipado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Publicidade

    Hollande, por sua vez, reconheceu nesta sexta-feira que ‘os números não são bons’ e que será obrigado a ‘mudar o que não funcionou’ para cumprir com seu programa, que prevê um aumento do crescimento de 2% em 2014 e 2015, para 2,5% ao ano até o fim de seu mandato, em 2017.

    ‘Será a recuperação da confiança que nos permitirá acelerar na busca do crescimento econômico. Não podemos alcançá-lo completamente, mas temos que trabalhar para restaurar a confiança’, acrescentou o presidente eleito após conhecer as previsões de Bruxelas.

    Para isso, Hollande anunciou em campanha que aumentará os impostos, especialmente das famílias mais ricas e das grandes empresas, e que conterá a progressão das finanças públicas a 1% de seu volume.

    Continua após a publicidade

    Outro desafio que Hollande terá que enfrentar é o desemprego, a maior preocupação para 83% dos franceses, segundo as pesquisas publicadas na última semana.

    Assim, depois que a França fechar 2011 com uma taxa harmonizada de desemprego de 9,7%, a Comissão estima que o desemprego continue crescendo em 2012 até 10,2% para se estabilizar no ano seguinte em 10,3%.

    Também aumentará a dívida, que, segundo Bruxelas, passará de 85,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 a 90,5% este ano e 92,5% em 2013.

    Segundo fontes próximas ao novo presidente, os dados adiantados por Bruxelas validam o projeto de Hollande, que consiste em ‘mudar de política para controlar a despesa, aumentar a renda de maneira justa e eficaz, e principalmente mudar de política econômica em nível nacional e europeu para estimular o crescimento’, disse Sapin. EFE

    jaf/dsm

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.