A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira na África do Sul que a comunidade internacional precisa ter um um plano para o dia em que acabar o “derramamento de sangue” e começar a transição política na Síria. Ela se recusou, no entanto, a arriscar uma data para a possível queda do regime do ditador Bashar Assad, além de condenar a morte de civis no conflito.
A chefe da diplomacia americana fez essas declarações em Pretória durante entrevista coletiva conjunta com a ministra de Relações Internacionais sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane. Hillary reprovou também a morte de civis no conflito e fez uma advertência a quem quer tirar proveito da violência síria. “Quem tenta explorar a situação para enviar representantes ou combatentes terroristas deve saber que isso não será tolerado”, disse a secretária de Estado, sem definir se se referia a um grupo ou a um país concreto.
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Por sua vez, a ministra sul-africana ressaltou que não se pode permitir que o conflito se transforme em uma guerra sectária, pois “nenhum derramamento de sangue trará a paz”. Apesar da declaração, a África do Sul, atualmente membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, se absteve no mês passado na votação de um projeto de resolução, impulsionado pelos EUA e países europeus, que ameaçava impor sanções ao regime de Assad.
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Refugiados – A representante do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (Acnur) no Iraque, Claire Bourgeois, informou nesta terça-feira o retorno de 22,3 mil refugiados iraquianos que estavam na Síria, entre 18 de julho e 6 de agosto. A organização humanitária estima um total de 87 mil iraquianos como refugiados na Síria e não descarta a possibilidade que metade retorne ao país.
O enviado especial da ONU em Bagdá, Martin Kobler, afirmou que o retorno de iraquianos e a fuga de cidadãos sírios para o Iraque piorará ainda mais as dificuldades enfrentadas pelo governo e o povo do Iraque.