Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Síria: Rússia e China barram missão da ONU e sanções

Observatório Sírio de Direitos Humanos afirma que, na quarta-feira, 214 pessoas morreram em todo o país

Por Da Redação
19 jul 2012, 11h57

Rússia e China exerceram pela terceira vez, em nove meses, o poder de veto como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para defender o regime do ditador Bashar Assad. Os governos barraram, nesta quinta-feira, o projeto para impor sanções ao governo sírio e impediram que a missão das Nações Unidas no país fosse prorrogada por mais 45 dias. O posicionamento dos dois governos provocou fortes reações de França e Grã-Bretanha.

Após o atentado de quarta-feira, que matou quatro integrantes da cúpula da Defesa do regime de Assad, fontes locais informaram que núcleos rebeldes se aproximaram do palácio presidencial, intensificando o conflito na capital, Damasco. Ontem, 214 pessoas morreram em todo o país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ligado à oposição.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’

Leia também:

Leia também: Estados Unidos e Rússia concordam em agir por transição política segura na Síria

“A Grã-Bretanha está consternada pelo veto de Rússia e China”, afirmou o representante britânico na ONU, Mark Lyall Grant. O embaixador francês, Gérard Araud, foi ainda mais crítico, dizendo que “a história vai provar” que Rússia e China estão erradas e “vai julgar” ambos os países. “Agora está claro que a Rússia simplesmente quer ganhar tempo para o regime sírio esmagar a oposição”, disse ele.

Com o apoio de França, Alemanha, Estados Unidos e Portugal, a Grã-Bretanha apresentou uma proposta de resolução, amparada no capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que abria caminho para a adoção de sanções diplomáticas ou econômicas – não militares – contra o regime de Assad.

A medidas seriam adotadas caso o ditador não retirasse os tanques das ruas e deixasse de utilizar armas pesadas no combate aos rebeldes. Assad teria dez dias para cumprir a determinação, a partir da aprovação da resolução.

Continua após a publicidade

Segundo a Rússia, a resolução proposta pelos ocidentais abria caminho para uma intervenção militar. “A resolução abre caminho para pressionar por sanções e, mais adiante, para um envolvimento externo nos assuntos internos sírios”, afirmou o embaixador russo Vitaly Churkin, depois de participar da votação.

Rússia e China também se opuseram à extensão do mandato dos observadores da ONU no país. A missão, de 90 dias, termina na sexta-feira. Com isso, o general Robert Mood já deixou seu hotel em Damasco para viajar a Genebra.

Leia mais:

Rebeldes se aproximam de palácio de Assad, dizem fontes

Continua após a publicidade

(Com agências EFE e France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.