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Hillary Clinton encerra visita a China após acordo sobre dissidente

Por Por Shaun Tandon
5 Maio 2012, 10h14

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, concluiu neste sábado uma tensa visita a China com um frágil acordo sobre o dissidente chinês Chen Guangcheng, enquanto ativistas aguardam para ver se o governo de Pequim permitirá ou não sua saída do país.

Depois de uma semana de tensão entre Washington e Pequim, o governo dos Estados Unidos informou na sexta-feira que a China atuaria com rapidez para autorizar o advogado cego a viajar com a família para estudar em uma universidade americana.

A Universidade de Nova York foi a primeira a anunciar a intenção de oferecer a Chen uma convite de “estudante visitante”.

Chen, que afirma ter sido agredido no período que passou em prisão domiciliar, conseguiu escapar de sua residência e entrar na embaixada dos Estados Unidos em Pequim em 26 de abril, poucos dias antes da viagem de Hillary Clinton.

Funcionários americanos, que alegaram que Chen nunca pediu asilo, o acompanharam a um hospital de Pequim e anunciaram que a China havia garantido sua segurança. Mas poucas horas depois, o ativista afirmou que não sentia segurança e queria deixar a China.

De acordo com as últimas informações, Chen permanece no mesmo hospital, onde um enorme dispositivo de segurança impede a entrada de jornalistas.

T. Kumar, um dos diretores da Anistia Internacional, comemorou o acordo dos dois países a respeito de Chen, mas completou que era fundamental observar se a China acabaria com a perseguição à família de Chen e às pessoas que o ajudaram na fuga.

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“Apesar da Anistia Internacional dar as boas-vindas à iniciativa, estamos muito preocupados se a China está fazendo tudo isto de boa-fé”, disse.

Bob Fu, o exilado ativista chinês que conseguiu dar fama ao caso de Chen na embaixada americana, criticou o acordo inicial, mas destacou o papel de Hillary Clinton e do embaixador americano, Gary Locke, no entendimento definitivo.

“Este anúncio é importante e reflete os desejos de Chen”, disse Fu, líder do grupo ChinaAid.

Ao mesmo tempo, ele manifestou preocupação com o futuro dos parentes de Chen.

O primeiro acordo entre China e Estados Unidos a respeito de Chen provocou polêmica em Washington, onde o candidato presidencial republicano Mitt Romney denunciou um “dia da vergonha” para o presidente Barack Obama.

As críticas se centravam na decisão da representação diplomática de retirar Chen da embaixada e levá-lo para um hospital.

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Funcionários do governo americano, no entanto, deram a impressão de manter os detalhes do acordo deliberadamente vagos pelo temor de que o entendimento desabaria caso as autoridades chinesas fossem expostas ao ridículo em seu próprio país.

O Departamento de Estado não impôs um prazo para a saída de Chen, apesar de Clinton ter se reunido com o primeiro-ministro Wen Jiabao e com o presidente Hu Jintao.

Apesar do episódio ter provocado a maior crise entre os dois os países por questões de direitos humanos em muitos anos, os representantes americanos pareciam aliviados – e talvez até surpresos – por não ter afetado a totalidade das relações bilaterais.

Chen se tornou famoso com as críticas aos abortos e esterilizações forçadas sob a política chinesa do filho único.

Após a viagem a Pequim, Hillary Clinton seguiu para Bangladesh.

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