Hillary aposta em popularidade de Obama para alavancar campanha
Tanto Hillary como os líderes do Partido Democrata acreditam que o presidente é capaz de convencer os eleitores indecisos e angariar mais votos entre os afro-americanos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará campanha para Hillary Clinton sucedê-lo no cargo. A avaliação do Partido Democrata é que a popularidade de Obama pode ajudar a levantar a campanha de Hillary. O apoio de presidentes nem sempre é automático. No passado recente, por exemplo, o então presidente Bill Clinton nada fez para apoiar seu correligionário e vice Al Gore na campanha de 2000 – e os democratas perderam para o republicano George W. Bush. E do lado republicano, o então presidente Bush não participou da campanha de John McCain em 2008, quando o senador foi derrotado por Obama.
Tanto Hillary como os líderes do Partido Democrata enxergam Obama como alguém capaz de convencer os eleitores indecisos e garantir uma boa relação com a comunidade afro-americana, um nicho eleitoral que a ex-secretária de Estado domina, mas que o presidente pode melhorar. Uma das grandes conquistas de Obama quando ganhou as eleições presidenciais em 2008 foi devolver aos democratas alguns distritos e condados que tinham sido historicamente republicanos, como é o caso da cidade de Green Bay, no Estado do Wisconsin, onde Hillary e Obama farão nesta quarta-feira um comício conjunto pela primeira vez.
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Atentado em Orlando – Hillary Clinton propôs a elaboração de novas leis que regulem a venda de armas no país, em sua primeira manifestação sobre o assunto após o atentado em uma boate gay em Orlando que deixou 49 mortos no domingo. “Se o FBI está te observando por ligações com terroristas, você não deve ser capaz de comprar uma arma de guerra”, disse a candidata. Omar Mateen, o atirador, foi investigado pela polícia federal americana, mas não chegou a ser processado por falta de provas.
Os comentários de Hillary contrastaram com a reação de seu provável rival republicano, Donald Trump, que afirmou que parte da culpa pelo atentado na Flórida é das leis imigratórias flexíveis. O magnata também ampliou sua proposta de banir a entrada de imigrantes muçulmanos nos EUA – algo que contraria a Constituição do país, que permite a liberdade religiosa. “A questão fundamental é que a única razão pela qual o assassino estava nos EUA é porque permitiram que sua família viesse até aqui”, disse Trump, em uma referência ao atirador que nasceu nos EUA, mas os pais emigraram do Afeganistão.
(Da redação)