Hamas liberta o primeiro grupo de reféns israelenses
No grupo, há 13 mulheres e crianças, todas israelenses, que já foram transferidas para agentes da Cruz Vermelha na fronteira de Gaza com o Egito
O Hamas libertou nesta sexta-feira, 24, o primeiro grupo de reféns sequestrados há quase 50 dias pelo grupo terrorista, segundo a imprensa israelense, como parte dos termos de um acordo para um cessar-fogo temporário com Israel .
Os reféns já deixaram a custódia dos militantes e foram transferidos para agentes da Cruz Vermelha, na fronteira de Gaza com o Egito. Depois, seguiram para a passagem de Rafah para entrar em território egípcio.
A TV Al-Aqsa, ligada ao Hamas, citou fontes do grupo terrorista que confirmaram ter entregue a primeira leve de prisioneiros israelenses à Cruz Vermelha.
No grupo, há 13 mulheres e crianças, todas israelenses. Os cativos devem ser trocados por 26 prisioneiros palestinos detidos em Israel, segundo um acordo mediado pelo Catar e pelos Estados Unidos.
Pouco antes, o primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, anunciou que 12 reféns tailandeses já haviam libertados pelo Hamas e que funcionários da embaixada do país estavam a caminho da fronteira de Gaza com o Egito para buscá-los. Esse grupo, porém, não faz parte do acordo entre Israel e Hamas – sua soltura foi negociada via Irã, importante financiador do Hamas.
Nos termos do pacto, o Hamas concordou em soltar cerca de 50 reféns durante quatro dias de trégua com Israel, em que haverá uma pausa nos combates. Todos os cativos envolvidos na operação são civis – crianças, mães e outras mulheres.
As duas partes do conflito afirmaram ainda que o Hamas pode, eventualmente, libertar mais reféns. Tel Aviv concordou em estender o cessar-fogo por 24h, além dos quatro dias já estipulados, a cada cada 10 cativos devolvidos às suas famílias.
Israel, em contrapartida, deverá libertar 150 prisioneiros palestinos no total, detidos por crimes ligados a terrorismo, todos eles mulheres e menores de idade. Nesta sexta-feira, a previsão é que 39 prisioneiros voltem a Gaza em troca do regresso dos primeiros 13 israelenses.
No total, as autoridades israelenses estimam que há cerca de 240 pessoas sob a custódia dos terroristas, dentro da Faixa de Gaza, desde 7 de outubro. Nesta data, 3.000 militantes liderados pelo Hamas invadiram cidades do sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, inaugurando o presente conflito.
Desde então, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estima que 13 mil palestinos morreram devido aos ataques aéreos e a incursão terrestre israelense no enclave.