Os Hamas largou as bombas e os foguetes e estreou, neste final de semana, seu primeiro filme. Seguindo a linha �matar soldados israelenses é adorar a Deus�, Imad Aqel foi muito aplaudido e visto com admiração pela população local.
O título e a história do longa foram inspirados no guerrilheiro palestino Imad Aqel, que foi assassinado, em 1993, aos 22 anos, por Israel após ser considerado culpado pela morte de 13 soldados e colonos. O grupo islâmico Hamas classificou a obra como �Cinema de Resistência�, referindo�se à guerra contra a ocupação israelense.
Apesar dos bloqueios à Faixa de Gaza, Imad Aqel foi filmado em um set construído dentro de um antigo assentamento judaico. A produção custou 120.000 dólares (cerca de 220.000 reais) e foi escrito por Mahmoud Al�Zahar, um líder do Hamas considerado terrorista pelas autoridades do ocidente.
O longa retrata os fundadores do Hamas na década de 1980, a luta de Imad Aqel contra os soldados israelenses e a assinatura do tratado do Oslo, o qual garantiu aos palestinos o direito pleno sobre a Faixa de Gaza. Quatro atores que participaram do filme morreram na ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, no final do ano passado. O diretor do filme, Majed Jendeya, disse que espera que Imad Aqel participe do próximo festival de Cannes.