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Guerra na Ucrânia gerou pior crise alimentar global desde 2008, diz FMI

Cerca de 345 milhões de pessoas enfrentam escassez alimentar devido o aumento do preço das importações de trigo e fertilizantes

Por Vitória Barreto 30 set 2022, 17h44
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  • IZIUM, UKRAINE - SEPTEMBER 20: Residents grab bread as a local humanitarian organization, Good Bread offers handouts on September 20, 2022 in Izium, Ukraine. She never left the city because she was taking care of handicapped family members. Izium was occupied by Russians since April 1st causing major destruction and death to the small city. In recent weeks, Ukrainian forces have reclaimed villages east and south of Kharkiv, as Russian forces have withdrawn from areas they've occupied since early in the war. (Photo by Paula Bronstein /Getty Images)
    Moradores pegam pão como uma organização humanitária local, Good Bread, em Izium, Ucrânia. 20/09/2022 (Paula Bronstein/Getty Images)

    Os fortes baques da guerra da Ucrânia às cadeias de grãos e fertilizantes desencadearam a pior crise de segurança alimentar desde pelo menos a crise financeira de 2007-2007, de acordo com um novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta sexta-feira, 30. Ao todo, 345 milhões de pessoas agora enfrentam escassez alimentar que podem levar à morte.

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    O documento estima que os 48 países mais expostos à escassez de alimentos enfrentarão em suas contas de importação um aumento de 9 bilhões de dólares nos próximos dois anos. Com os custos mais altos de alimentos e fertilizantes por conta da guerra, as reservas de Estados mais frágeis também serão afetadas, e muitos deles já enfrentam problemas nas contas após o auge da pandemia de Covid-19 e custos crescentes de energia.   

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    “Somente para este ano, estimamos que os países altamente expostos precisam de até 7 bilhões de dólares para ajudar as famílias mais pobres a lidar com a situação”, afirmou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

    A nova pesquisa foi divulgada quando o Conselho Executivo do fundo aprovou o aumento do acesso por um ano ao financiamento de emergência para ajudar os países mais vulneráveis. O mecanismo de emergência pode fornecer um financiamento adicional de até 1,3 bilhão de dólares para a Ucrânia. 

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    A guerra agravou uma crise alimentar global que cresce desde 2018, devido à crescente frequência e gravidade dos choques climáticos e conflitos regionais. 

    A Ucrânia estava entre os cinco maiores exportadores de grãos antes da guerra, respondendo por cerca de 15% das exportações globais de milho e 12% das exportações de trigo. A retomada dos embarques dos portos do Mar Negro, sob um acordo com a Rússia, aliviou apenas parcialmente a escassez. Mesmo assim, o conflito reduz a futura produção agrícola do país.

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    A Rússia – também um dos principais exportadores de grãos no mundo–  reduziu suas exportações no início deste ano para as ex-repúblicas soviéticas vizinhas. O FMI  identificou que o Sudão, Quirguistão, Bielorrússia, Armênia e Geórgia são os países mais dependentes das importações de alimentos ucranianos e russos. 

    Tanto a Rússia quanto a Ucrânia também são conhecidos por serem grandes exportadores de fertilizantes e os países mais dependentes deles são Moldávia, Letônia, Estônia, Paraguai e Quirguistão.

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    O Fundo pediu o rápido aumento da assistência humanitária por meio do Programa Mundial de Alimentos e outras organizações, além de medidas fiscais direcionadas nos países afetados para ajudar os pobres. No entanto, ressaltou que os governos precisam priorizar o combate à inflação.

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    “A assistência social de curto prazo deve se concentrar em fornecer ajuda alimentar emergencial ou transferências de dinheiro para os pobres, como as anunciadas recentemente por Djibuti, Honduras e Serra Leoa”, afirmou Georgieva. 

    O FMI também pediu a eliminação das medidas protecionistas nas exportações de alimentos. Segundo pesquisas do Banco Mundial elas representam até 9% do aumento mundial do preço do trigo. Ressaltou também a importância dos investimentos em tecnologias agriculturais resilientes ao clima, gestão da água e seguro de colheitas para lidar com a seca e outros eventos climáticos imprevisíveis.

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