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Guerra em Israel está elevando ameaça terrorista no mundo, dizem FBI e MI5

França esvaziou seis aeroportos após uma ameaça de bomba; Na Alemanha, coquetéis molotov foram lançadas contra uma sinagoga de Berlim

Por Da Redação
18 out 2023, 12h06
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  • Os chefes das agências de espionagem dos Estados Unidos e do Reino Unido disseram nesta terça-feira 17 que o conflito entre Israel e o grupe terrorista Hamas no Oriente Médio pode aumentar a ameaça terrorista contra comunidades judaicas ao redor do mundo. As autoridades detectaram um aumento de perigo de “lobos solitários”, bem como militantes do Hamas e do Irã.

    Ken McCallum, diretor-geral da agência de espionagem britânica, MI5, disse que há risco de que pessoas sejam radicalizadas pela internet e redes sociais, podendo atuar de “maneiras espontâneas ou imprevisíveis” no Reino Unido. Ele também destacou que grupos terroristas, ou o Irã, possam intensificar atividades violentas, deixando indivíduos ou organizações judaicas mais vulneráveis a neonazistas e islâmicos radicais.

    “Existe claramente a possibilidade de que acontecimentos profundos no Oriente Médio gerem mais volume de ameaça do Reino Unido e/ou mudem os principais alvos, em termos de como as pessoas se inspiram”, disse McCallum.

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    Discursando ao lado de McCallum, Christopher Wray, diretor da agência americana FBI, disse que as ameaças terroristas também estão evoluindo rapidamente nos Estados Unidos. Segundo ele, na semana passada, houve “um aumento nas ameaças relatadas” contra “judeus americanos ou muçulmanos americanos, bem como suas instituições e locais de culto”.

    “Não podemos e não descartamos a possibilidade de que o Hamas ou outras organizações terroristas estrangeiras possam explorar o conflito para apelar aos seus apoiadores para conduzirem ataques no nosso próprio território”, disse Wray.

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    Ambas as autoridades condenaram o ataque do Hamas a Israel. Wray disse que queria expressar “mais uma vez o quão horrorizado estou e continuo a estar com as atrocidades cometidas pelo Hamas em Israel”, enquanto o chefe britânico disse que “estes foram ataques monstruosos que resultaram no assassinato de 1.400 pessoas”, incluindo pelo menos seis cidadãos do Reino Unido.

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    Outros países da Europa também começaram a ver os reflexos da guerra iniciada após o ataque terrorista do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro. Nesta quarta-feira, 18, seis aeroportos da França tiveram que ser esvaziados após uma ameaça de bomba, recebida via e-mail pela polícia.

    O país está em alerta máximo depois desde o assassinato de um professor na última sexta-feira 13, em um suposto ataque terrorista islâmico. Na ocasião, um homem armado invadiu uma escola de ensino médio em Arras, no norte do país, e esfaqueou um dos docentes e deixou outro ferido.

    Na Alemanha, dois coquetéis molotov foram lançados contra uma sinagoga em Berlim. O caso foi descrito pela polícia local como uma “tentativa de incêndio criminoso” e a segurança do local, que também funciona como centro comunitário e creche, foi reforçada.

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    Anteriormente, também foram registradas pichações da estrela de Davi em portas de algumas casas da capital alemã. A ação lembra a perseguição sofrida por judeus durante o regime nazista no país a partir da década de 1930, quando estrelas amarelas eram usadas para identificar, isolar e reprimir membros da comunidade judaica.

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    A França e partes da Alemanha proibiram manifestações pró-Palestina. Na semana passada, a polícia interrompeu um protesto do tipo no centro de Paris, usando gás lacrimogêneo e canhões de água.

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ao Parlamento Europeu que o terror do Hamas mergulhou o Oriente Médio numa nova espiral de violência. Ela expressou a preocupação dos líderes europeus no conflito gerar problemas de segurança internos.

    “Estamos assistindo a um aumento de incidentes antissemitas, incluindo aqui na Europa. Sinagogas foram vandalizadas. Discursos de ódio e notícias falsas estão se espalhando a uma velocidade preocupante. E isto é algo que simplesmente não podemos aceitar”, disse Von der Leyen.

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