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Grupo separatista ETA concluirá desarmamento ‘incondicional’

Após mais de 40 anos de violência, ETA confirmou que no sábado entregará à França a localização dos esconderijos de seu arsenal

Por Da Redação
6 abr 2017, 22h40

A organização separatista armada basca Euskadi Ta Askatasuna (País Basco e Liberdade), o ETA, confirmou que no sábado concluirá seu desarmamento, após mais de 40 anos de violência e mais de 800 vítimas fatais, em carta publicada pela BBC pouco antes da meia-noite (hora local) desta quinta-feira.

Segundo uma fonte próxima à organização deste desarmamento, o ato consistirá na comunicação à justiça francesa da localização dos esconderijos de armas no grupo. A maioria de seu arsenal se encontra na França, de acordo com a mesma fonte. Ele seria composto por cerca de 130 armas e duas toneladas de explosivos.

Mais de 4.500 pessoas se somaram em dois dias a um manifesto promovido, entre outros, pela associação de vítimas do ETA, no qual pedem um fim sem impunidade ao grupo separatista armado basco.

O manifesto foi apresentado nesta quinta-feira em San Sebastian, dois dias antes do desarmamento incondicional programado da organização, classificado pelo texto como “uma entrega de armas midiática e propagandística”. Os signatários afirmam que “a primeira coisa que deve ser exigida da organização terrorista, e de seu enredo político, é a condenação da história de terror do ETA”.

Além disso, se mostram contrários a flexibilizar a política penitenciária contra os presos do ETA.

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O manifesto, publicado na internet há dois dias, contrasta com outro apresentado na quarta-feira pela maioria dos partidos políticos bascos, com exceção do conservador Partido Popular, no qual exigiam que os governos francês e espanhol facilitassem o desarmamento do grupo separatista.

Madri mantém a sua postura. “Não haverá transações nem concessões com aqueles que provocaram tanto sofrimento, tanta dor e tantos anos de medo”, disse o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido.

Em outubro de 2011, o ETA declarou o fim de sua tentativa de criar um Estado basco independente no norte da Espanha e no sul da França e anunciou sua renúncia definitiva a mais de quatro décadas de luta armada.

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Até agora, o grupo rejeitava o desarmamento e a dissolução unilateral exigida por Paris e Madri e pedia uma negociação sobre a situação de seus presos.

No entanto, recentemente o governo regional basco anunciou que o ETA estava pronto para se desarmar incondicionalmente em 8 de abril.

Este gesto de sábado será acompanhado por celebrações organizadas por associações e partidos bascos em Bayonne, no sudeste da França.

(com AFP)

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