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Greve de policiais começa sem força no Rio e perde vigor na Bahia

Por Da Redação
10 fev 2012, 16h37

Rio de Janeiro, 10 fev (EFE).- A greve iniciada na madrugada desta sexta-feira por policiais e bombeiros do Rio de Janeiro começou com pouca adesão, enquanto a paralisação que completa 11 dias na Bahia perdeu força, segundo as autoridades dos dois estados.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio reportou total normalidade no estado, apesar da paralisação por tempo indeterminado declarada por agentes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros na madrugada desta sexta-feira, a apenas uma semana para o início oficial do Carnaval.

De acordo com a Secretaria, que não registrou incidentes de gravidade no primeiro dia de paralisação, a adesão à greve foi mínima entre os quase 70 mil membros das três instituições, que reivindicam melhorias salariais.

Para combater a greve, o comando da Polícia deteve 50 policiais que se negaram a trabalhar e autorizou a prisão dos 11 acusados de terem organizado a paralisação, nove dos quais já foram detidos.

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‘Em média temos 7 mil policiais trabalhando. Não há qualquer tipo de redução significativa’, garantiu o coronel Frederico Caldas, porta-voz da Polícia Militar, ao fazer um balanço da situação.

O comando dos Bombeiros também reportou normalidade em seu funcionamento. Quanto à Polícia Civil, apesar de algumas delegacias se limitarem ao atendimento de casos urgentes, o comando indicou que os agentes tinham comparecido a seus postos de trabalho.

A baixa adesão decorre em parte ao aumento salarial de 39% para policiais, aprovado nesta quinta-feira pela Assembleia Legislativa fluminense, que decidiu antecipar a medida prevista para outubro de 2013. No entanto, os grevistas reivindicam um aumento maior.

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‘A situação é de uma greve não muito mobilizada. Até o momento, o governador do estado do Rio não necessitou pedir a Força Nacional ou forças federais, portanto acho que existe uma situação de tranquilidade’, declarou o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, que tinha oferecido o envio de até 14 mil militares para reforçar a segurança.

‘Acho que os policiais percebem que não podem se associar a um movimento que foi desencadeado com a perspectiva de trazer insegurança para a população, com a perspectiva de atos de vandalismo, com a perspectiva de atos criminosos’, acrescentou o ministro.

Os próprios líderes da greve, que admitiram desconhecer a adesão à paralisação, esclareceram em comunicado que reivindicam melhoras salariais ‘de forma pacífica’ e ‘sem desamparar a população’, como ocorreu na greve da Bahia.

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A tranquilidade e as garantias da Polícia permitiram que o bloco carnavalesco Cordão da Bola Preta, um dos mais tradicionais do Rio, confirmasse o desfile agendado para esta noite, que estima uma participação de aproximadamente 300 mil foliões no centro da cidade.

‘Confiamos nas garantias oferecidas pelo Comando da Polícia’, assinala um comunicado da Sebastiana (Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro do Rio de Janeiro).

Na Bahia, onde a greve de policiais completou 11 dias e o número de homicídios no período subiu para 155, a paralisação perdeu força, segundo o governo. Alguns policiais já voltaram ao trabalho e a associação que representa os oficiais, que também cogitava a possibilidade de cruzar os braços, preferiu não aderir ao movimento.

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O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou nesta sexta-feira que 85% dos policiais de Salvador já estão trabalhando e ameaçou descontar os salários daqueles que permanecerem paralisados.

‘A partir de hoje a ausência ao trabalho não vai ser mais vista como adesão ao movimento grevista. A ausência está sendo vista como uma falta ao serviço, que, se confirmada, será punida com o rigor da lei’, declarou Castro.

Apesar de alegar que a paralisação se reduziu a um pequeno número de grevistas, ele afirmou que, por enquanto, os 4 mil militares enviados à Bahia para reforçar a segurança permanecerão mobilizados.

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A greve começou a perder vigor quando 245 policiais que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia, entre eles os líderes da greve, abandonaram o prédio, que estava cercado por 1 mil militares.

O despejo ocorreu após a divulgação de conversas telefônicas gravadas legalmente nas quais um dos líderes do movimento, Marco Prisco, articula a queima de viaturas e fechamento de rodovias com outro policial.

Os atos de vandalismo foram duramente condenados pela presidente Dilma Rousseff, que se mostrou contrária à anistia aos policiais que adotaram tais métodos. EFE

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