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Grandes potências aceitam voltar a negociar com Irã sobre programa nuclear

Por Da Redação
6 mar 2012, 15h35

Bruxelas, 6 mar (EFE).- As grandes potências ocidentais, a Rússia e a China anunciaram nesta terça-feira que voltarão a negociar com o Irã sobre seu controvertido programa nuclear após mais de um ano de bloqueio, período no qual a tensão não fez mais que crescer e no qual aumentaram também as especulações sobre um conflito militar.

‘Em nome de China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos ofereci a retomada das negociações com o Irã sobre a questão nuclear’, informou em comunicado a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que representa perante Teerã o chamado Grupo 5+1.

Ashton respondeu hoje à carta enviada no dia 14 de fevereiro pelo chefe negociador iraniano, Saeed Jalili, na qual seu país se mostrava disposto a retomar o diálogo, como ela mesma havia proposto meses antes.

O último encontro oficial entre Irã e o 5+1, realizado em janeiro de 2011 em Istambul, terminou em clima de fracasso total, pois os representantes iranianos nem sequer aceitaram falar sobre seu discutido projeto atômico.

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‘Esperamos que o Irã entre agora em processo contínuo de diálogo construtivo que ofereça progressos reais na resolução das preocupações da comunidade internacional sobre seu programa nuclear’, comentou Ashton.

Em sua carta, a alta representante da União Europeia (UE) transmite às autoridades iranianas sua intenção de desenvolver uma negociação ‘passo a passo’ que permita às duas partes recuperar a confiança mútua e conseguir avanços concretos que possam desembocar em um acordo completo.

O objetivo, segundo Ashton, continua sendo uma ‘solução negociada em longo prazo que devolva a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano’.

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Apesar dos precedentes negativos, a UE considera que nesta ocasião há maiores possibilidades de sucesso por conta de três novas circunstâncias, segundo afirmou hoje uma fonte comunitária.

Um desses elementos positivos é que em sua carta do último mês de fevereiro Teerã ofereceu pela primeira vez ‘um claro compromisso por escrito’ sobre sua vontade de tratar o expediente nuclear.

Outro ponto é a postura de grande unidade demonstrada até agora pelo 5+1, que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha.

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E um terceiro elemento-chave é a pressão criada pelas sanções sem precedentes impulsionadas nos últimos meses pelos 27 países da UE, especialmente o embargo petrolífero, que entrará em vigor em julho, destinado a golpear economicamente o regime islâmico.

‘Não queremos ter discussões apenas para tê-las. (…) Queremos resultados concretos. São negociações muito importantes e não queremos que fracassem’, assegurou a fonte.

Com o objetivo de prepará-las, os serviços de Ashton ofereceram às autoridades iranianas um primeiro encontro prévio nos próximos dias.

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Bruxelas, no entanto, não espera que a rodada de negociação oficial aconteça antes do final de março, quando se celebra o ano novo iraniano.

O local da reunião ainda não foi definido e sobre a mesa estarão cidades que receberam rodadas anteriores, como Genebra, Viena e, especialmente, Istambul.

O anúncio da volta às negociações chega em um momento de máxima tensão sobre o programa nuclear iraniano, que há anos é visto por grande parte da comunidade internacional como uma tentativa por parte do regime dos aiatolás de construir uma bomba atômica.

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Israel, por exemplo, já insinuou sua intenção de atacar os alvos nucleares no Irã e argumenta que a ameaça é grave demais para esperar mais tempo.

Enquanto isso, a Europa insiste que a solução só pode ser diplomática e os EUA, no meio do caminho, defenderam que um ataque agora seria contraproducente e perigoso, mas também deixaram claro que entendem as autoridades israelenses e que apoiarão suas ações.

Esta questão dominou a reunião de ontem na Casa Branca entre o presidente americano, Barack Obama, e o primeiro- ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Obama reafirmou ‘a política americana de impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear’ e ressaltou que seu país ‘sempre protegerá Israel’, segundo indicou a Casa Branca após esse encontro. EFE

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