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Grã-Bretanha tem madrugada tranquila nesta quinta-feira

Violência arrefece após 4 dias de distúrbios nas ruas das principais cidades

Por Da Redação
11 ago 2011, 05h33

A tranquilidade voltou às ruas da Grã-Bretanha nesta quinta-feira. Após quatro dias de violência, com quatro mortes e mais de mil prisões, o clima de calma imperou nas ruas das principais cidades britânicas na última madrugada. De acordo com informações da polícia, as ocorrências mais graves foram prisões de pessoas envolvidas com os incidentes das noites anteriores.

Tema em Foco: onda de violência se espalha pelas cidades britânicas

Entenda o caso

  1. • No dia 4 de agosto, um homem negro de 29 anos morreu após ser baleado por policiais em Londres. A polícia diz que estava tentando prender Mark Duggan quando ele reagiu, mas há versões que desmentem que a vítima estivesse armada
  2. • Dois dias depois, 120 pessoas se reuniram em uma marcha para protestar contra a morte de Duggan e pedir justiça. Porém, duas horas depois, gangues começaram a atacar policiais e depredar prédios, carros e bancos da cidade
  3. • Desde então, a onda de vandalismo se espalhou por diversos bairros de Londres e chegou até a outras cidades britânicas, com convocações feitas por meio de redes sociais na internet e mensagens de celular

Londres já havia experimentado o retorno da segurança às suas ruas na quarta-feira, mas a onda de violência deslocou-se então para as cidades do norte. Manchester, Birmingham, Gloucester, Liverpool e Salford registraram 117 prisões durante a noite e madrugada de quarta-feira. A situação mais aguda, contudo, se deu em Birmingham, onde um homem atropelou e matou três pessoas que estariam guardando uma propriedade privada para evitar saqueamentos.

A cidade de Birmingham manteve durante a madrugada uma vigília pelos três homens asiáticos mortos após serem atropelados por um veículo quando tentavam proteger o lugar onde moravam. A Polícia está tratando o caso como assassinato, pelo que está investigando um homem de 32 anos.

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A noite passada transcorreu “de forma pacífica, sem mais focos de desordem”, em West Midlands, e os agentes dessa região se centraram em manter “uma presença de alta visibilidade”, o que ajudou a evitar mais distúrbios.

Mais de 1 mil agentes foram destacados para vigiar as ruas, e realizaram na noite de ontem 48 detenções, segundo seus últimos dados.

Na cidade de Nottingham não foram registrados incidentes relevantes, depois que a Polícia aplicou uma “política de tolerância zero” sobre qualquer pessoa que tentasse causar desordem.

A Polícia de Nottinghamshire indicou hoje que não houve denúncias sobre agrupamentos significativos de jovens e informou que realizou apenas quatro detenções, frente às 86 registradas um dia antes.

Em Leicestershire, os agentes elogiaram o comportamento cidadão e indicaram que não houve casos de desordem nesse condado, graças a uma “forte operação policial” que produziu 19 detenções, entre elas as de dois adolescentes de 15 anos.

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Cliente entra em uma loja no bairro londrino de Clapham na tarde desta quarta-feira: tranquilidade volta às ruas da cidade após violência dos últimos dias
Cliente entra em uma loja no bairro londrino de Clapham na tarde desta quarta-feira: tranquilidade volta às ruas da cidade após violência dos últimos dias (VEJA)

Também se manteve a calma em Gloucester, onde a Polícia de Gloucestershire deteve seis pessoas por diferentes incidentes de ordem pública.

Perguntas e Respostas: entenda em cinco passos os distúrbios na Grã-Bretanha

Na quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, elogiou a ação policial para conter o vandalismo em Londres. “Uma reação era necessária e uma reação está a caminho”, declarou. “Esta violência é inaceitável e vai ser interrompida. Não vamos aturar isso. A cultura do medo não vai assumir o controle.”

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Cameron se reúne com o parlamento nesta quinta-feira para discutir novas medidas para solucionar a crise de violência nas ruas das cidades britânicas. Esta é a segunda vez em menos de um mês em que Cameron tem de convocar uma sessão de emergência. A primeira foi realizada por causa do escândalo das escutas ilegais em telefones celulares, que no mês passado motivou o fechamento do dominical sensacionalista News of the World.

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