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Grã-Bretanha conclui que assassinato de soldado podia ter sido evitado

Relatório elaborado por comitê parlamentar afirma que os terroristas poderiam ter sido impedidos se dados de internet fossem entregues pelas companhias

Por Da Redação
25 nov 2014, 15h46

O comitê de segurança e inteligência (ISC) do Parlamento da Grã-Bretanha concluiu nesta terça-feira que o atentado terrorista que vitimou o soldado Lee Rigby poderia ter sido impedido se as companhias de internet tivessem colaborado com as agências do serviço secreto do país. O relatório pontua que os jihadistas Michael Adebolajo e Michael Adebowale estariam no radar dos serviços de segurança se uma empresa de internet tivesse fornecido dados de uma conversa online em que um dos assassinos revela o desejo de cometer um ataque em nome do Islã. O documento também questiona as razões pelas quais estas companhias cooperam com as autoridades em casos de pedofilia, mas não fornecem os dados quando se trata de terrorismo. O nome da companhia não foi divulgado.

Em resposta ao relatório de 191 páginas, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que as companhias de internet têm permitido que suas redes sejam usadas para a discussão de “assassinatos e massacres”. Ele destacou que não há nenhum motivo que impeça os servidores, localizados nos Estados Unidos, de enviar dados relacionados ao terrorismo para as autoridades de inteligência do país. De acordo com o jornal The Guardian, uma legislação foi aprovada recentemente pelo governo para exigir a cooperação entre o Estado e as empresas de internet, mas o governo considera que o texto não é suficiente. Cameron, no entanto, admitiu que leis americanas podem dificultar a troca de informações com a Grã-Bretanha.

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Embora a culpa tenha recaído sobre a empresa que não forneceu os dados ao governo, o relatório faz pequenas críticas às agências de MI6 e MI5, as quais operam os serviços de inteligência britânica. O chefe do ISC, Malcolm Rifkind, declarou que o MI5 apresentou erros ao monitorar os terroristas internamente, ao passo que o MI6 não obteve informações adequadas com a inteligência externa. “Houve erros nestas operações, sendo que processos não foram seguidos, decisões não foram registradas e atrasos foram encontrados. Contudo, não consideramos que nenhum desses erros, cometidos individualmente, foi significativo o suficiente para fazer a diferença”, descreve o relatório.

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Segundo o Guardian, Cameron destacou o seu conselheiro de segurança nacional, Nigel Sheinwald, como um enviado especial de inteligência para melhorar a cooperação com empresas americanas. O premiê também anunciou um pacote de 130 milhões de libras (515 milhões de reais) para as agências de inteligência lidarem nos próximos dois anos com terroristas. Na segunda-feira, o governo da Grã-Bretanha aprovou uma nova legislação antiterrorista. As medidas atingirão instituições públicas, universidades e companhias aéreas e, entre outras determinações, preveem a aplicação de um conjunto de normas que escolas, prisões e conselhos municipais terão de seguir para prevenir que as pessoas sejam seduzidas pelo terrorismo.

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