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Governo Trump impede acesso de Biden a mensagens de líderes estrangeiros

Apesar dos empecilhos impostos, presidente eleito deu mais um passo na transição e nomeou um experiente assessor democrata como chefe de seu futuro gabinete

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 nov 2020, 09h35 - Publicado em 12 nov 2020, 09h15
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  • Donald Trump e Joe Biden: presidente republicano não reconhece vitória do democrata nas eleições de 3 de novembro (Mandel Ngan/Jim Watson/AFP)

    A recusa de Donald Trump em aceitar o resultado das eleições e iniciar os preparativos para a transição de governo para Joe Biden estão impedindo que o democrata tenha acesso a mensagens enviadas a ele por líderes estrangeiros. Segundo a emissora americana CNN, uma pilha de cartas e telegramas enviados ao presidente eleito estão detidos no Departamento de Estado americano.

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    É tradição que chefes de Estado de todo o mundo tentem entrar em contato com o vencedor das eleições dos Estados Unidos logo após a divulgação dos resultados do pleito. É função do Departamento de Estado, o órgão responsável pelas relações exteriores americanas, receber e transmitir as mensagens.

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    Desde a semana passada, porém, a administração de Trump está impedindo o acesso da equipe de Biden a todos os aparatos de Estado que podem auxiliá-lo na transição. O presidente eleito chegou a participar de ligações telefônicas com alguns líderes mundiais, como a chanceler alemã Angela Merkel e o premiê canadense Justin Trudeau, mas todos os arranjos e contatos foram feitos de maneira independente, sem a participação do Departamento de Estado.

    Biden ainda está sendo impedido de ter acesso a informações de inteligência destinadas à Casa Branca. Os comunicados sigilosos costumam ser compartilhados também com o presidente eleito nos meses antes de sua posse.

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    Chefe de gabinete

    Apesar dos empecilhos colocados por Trump, Joe Biden deu mais um passo na transição nesta quarta-feira 11 e nomeou um experiente assessor democrata como chefe de seu futuro gabinete, a primeira escolha pública para sua equipe na Casa Branca.

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    Biden nomeou Ron Klain, 59 anos, que foi seu chefe de gabinete quando era vice-presidente, e admitiu que os dois têm um caminho árduo pela frente na luta contra a pandemia do coronavírus e para cicatrizar as feridas de um país profundamente dividido.

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    “Sua experiência ampla e profunda e sua capacidade de trabalhar com pessoas de todos os espectros políticos é, precisamente, o que preciso em um chefe de gabinete da Casa Branca enquanto enfrentamos este momento de crise e voltamos a unir o nosso país”, assinalou Biden em comunicado.

    A escolha de Klain foi elogiada pelos democratas. A senadora Elizabeth Warren considerou Klain uma “grande escolha” para o posto de chefe de gabinete porque “entende a magnitude da crise econômica e de saúde e tem a experiência para liderar a nova administração no processo”.

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    Bloqueio na transição

    Na segunda-feira 9, Donald Trump ordenou que as agências governamentais bloqueiem a transição para o novo governo. A equipe de Biden ameaçou processar a administração atual caso a agência da Casa Branca responsável pela transição continue sem reconhecer sua vitória.

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    Além disso, líderes do governo Trump disseram ao jornal americano The Washington Post que foram instruídos pela Casa Branca a não cooperar com a equipe de Biden até que os resultados das eleições fossem oficializados pelo governo.

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    Antes mesmo da imprensa americana confirmar a vitória do democrata, Trump já havia iniciado uma série de contestações jurídicas em nível estadual à contagem de votos. Agora, a Administração de Serviços Gerais, agência que dá acesso aos 6,3 milhões de dólares em fundos de transição para a equipe de Biden, reluta em assinar a averiguação que aceita o novo presidente.

    O ato marcaria o primeiro reconhecimento formal do governo Trump de que Biden de fato venceu as eleições. O atual presidente, porém, vem se recusando a aceitar o resultado do pleito e pedindo a recontagem dos votos em várias estados, alegando fraudes.

    Nenhuma prova de irregularidade foi apresentada até o momento e as autoridades estaduais responsáveis pelo pleito e pela apuração negam qualquer possibilidade de fraude. Além de Trump, o Partido Republicano também não reconheceu a vitória de Biden e tem apoiado o presidente nos pedidos de recontagem de votos.

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