Governo Obama abre processo contra BP por vazamento
Se negligência for comprovada, a multa pode chegar a 21 bilhões de dólares
O governo Obama abriu nesta quarta-feira um processo judicial contra a BP e quatro outras empresas por causa do vazamento de petróleo deste ano no Golfo do México, numa batalha que promete ser prolongada na Justiça. A ação por violações a leis ambientais pede indenizações das empresas BP, Transocean, Anadarko, Moex e Lloyds of London (seguradora da Transocean). O acidente foi o pior vazamento marítimo de petróleo na história dos EUA.
Se ficar provado que houve negligência, pode haver uma multa de até 4.300 dólares por barril derramado – ou seja, 21 bilhões de dólares no total. Se não ficar provada a tese de negligência, a multa seria de 1.100 dólares por barril, ou 5,4 bilhões de dólares no total.
“Pretendemos provar que esses réus são responsáveis por custos governamentais de remoção, prejuízos econômicos e danos ambientais ilimitados”, disse o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, em nota. “Tanto nossas investigações civis quanto as criminais continuam.”
Violação – A ação acusa as empresas citadas de terem violado a Lei da Água Limpa e a Lei da Poluição por Óleo, mas não especifica o valor das indenizações pleiteadas. O vazamento no poço Macondo começou em abril, quando uma explosão matou 11 funcionários de uma plataforma petrolífera no local. Ao longo dos meses seguintes, 4,9 milhões de barris de petróleo vazaram no mar, causando graves danos econômicos e ambientais na costa sul dos EUA.
O processo deixa de fora as empresas Halliburton, que cimentou o poço Macondo, e a Cameron International, que forneceu equipamentos para o poço. Mas o Departamento de Justiça disse que a investigação continua, e que outros réus e acusações podem ser incluídos posteriormente.
(Com agência Reuters)