Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo Maduro descarta referendo durante estado de exceção

Analistas consideram que medida anunciada na sexta-feira é parte da estratégia do presidente para evitar a realização, neste ano, da consulta eleitoral

Por Da Redação
16 Maio 2016, 08h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O governo venezuelano desconsiderou a possibilidade de que o presidente Nicolás Maduro tenha o mandato revogado mediante referendo, após prorrogar por três meses o decreto de “emergência econômica”. “Aqui Maduro não vai sair por referendo”, afirmou neste domingo o vice-presidente da Venezuela, Aristóbulo Istúriz.

    Segundo Istúriz, a oposição cometeu diversos erros e fraude na coleta de assinaturas para convocar a consulta. “Eles sabem que não vai haver referendo porque primeiro o fizeram tarde, segundo o fizeram mal e terceiro cometeram fraude”, disse o vice em um ato de apoio à presidente afastada do Brasil Dilma Rousseff, exibido pela televisão estatal.

    Analistas consideram que o estado de exceção é parte da estratégia do presidente para evitar a realização, neste ano, de um referendo revogatório promovido pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

    Leia mais:

    Continua após a publicidade

    Maduro chama embaixador no Brasil de volta à Venezuela

    Revisão de assinaturas para referendo contra Maduro deve terminar no início de junho

    Venezuelanos vão às ruas por saída de Maduro

    Continua após a publicidade

    Teme-se também que o decreto de estado de exceção seja usado para restringir o direito de protesto e autorizar detenções preventivas sem ordem judicial. “O governo estaria planejando armar o marco legal para liberar as mãos dos militares e reprimir uma manifestação nas ruas a favor do (referendo) revogatório”, disse o analista político Benigno Alarcón à agência de notícias AFP.

    O governo venezuelano declarou diversas vezes que os opositores não poderão realizar a solicitação do referendo com o qual esperam encurtar o mandato de Maduro porque não contam com o tempo suficiente para cumprir os prazos e porque as assinaturas seriam fraudulentas. O próprio Maduro já comentou que nem a consulta revogatória nem nenhuma das iniciativas dos opositores para tirá-lo do governo têm “viabilidade política”.

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano não ofereceu informações precisas sobre o assunto e evitou dizer se esse processo poderia ou não ser feito ainda em 2016. No sábado, o líder opositor Henrique Capriles advertiu que uma eventual obstrução do referendo elevaria ainda mais a tensão na Venezuela.

    Continua após a publicidade

    (Da redação com AFP)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.